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PT COMEÇA A JOGAR A TOALHA

Por Tiago Pariz, no Correio Braziliense:

O Rio de Janeiro está se tornando um problema para o desenho eleitoral que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez para sua pupila, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O desempenho abaixo do esperado do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) na disputa pelo diretório estadual gerou agitação dentro do partido.

Colegas do parlamentar o pressionam para que desista do segundo turno e tente um acordo com o candidato Lourival Casula. Luiz Sérgio venceu a primeira rodada de votação com 39,79% dos votos petistas e ainda não conseguiu agregar apoio que o garanta a maioria. Casula, que teve 25,30%, recebeu apoio de outros dois candidatos derrotados: Bismarck Alcântara (22,90%) e o vereador Taffarel (2,75%).

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PT começa a jogar a toalha

PT começa a jogar a toalha

Disputa pelo diretório estadual do Rio aflige dirigentes nacionais, que se preocupam em não estremecer a aliança com o PMDB e não prejudicar o palanque fluminense de Dilma em 2010

Por Tiago Pariz, no Correio Braziliense:

O Rio de Janeiro está se tornando um problema para o desenho eleitoral que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez para sua pupila, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O desempenho abaixo do esperado do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) na disputa pelo diretório estadual gerou agitação dentro do partido.

Colegas do parlamentar o pressionam para que desista do segundo turno e tente um acordo com o candidato Lourival Casula. Luiz Sérgio venceu a primeira rodada de votação com 39,79% dos votos petistas e ainda não conseguiu agregar apoio que o garanta a maioria. Casula, que teve 25,30%, recebeu apoio de outros dois candidatos derrotados: Bismarck Alcântara (22,90%) e o vereador Taffarel (2,75%).

Por trás da disputa, está a aliança com o PMDB e a viabilidade da candidatura do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), ao governo do estado contra Sérgio Cabral (PMDB), que tentará a reeleição.

Luiz Sérgio descartou a hipótese de desistir da contenda e rejeitou as pressões. Sua campanha tenta esvaziar as candidaturas de seus opositores. Ele conta com o apoio do presidente Lula e da nova direção nacional. “Não vejo sentido em ele sair da disputa. A candidatura dele está crescendo, não tem por que abandonar”, disse o presidente recém-eleito do PT, José Eduardo Dutra.

Dutra lembrou que o deputado estadual Rodrigo Neves e o vereador Adilson Pires, que haviam apoiado Bismarck, declararam apoio a Luiz Sérgio no segundo turno. A tentativa de levá-lo à renúncia é uma manobra para impor obstáculos à escolha de Lindberg como candidato ao governo carioca.

Lula tentou conter as aspirações do prefeito da cidade da Baixada Fluminense, colocando como condição para sua candidatura a vitória no diretório estadual. Lula, no entanto, apostava que Luiz Sérgio, mesmo num segundo turno, venceria facilmente seus adversários. “É claro que o desempenho do Luiz Sérgio foi abaixo do esperado”, disse Dutra.

A preocupação com o Rio é tanta que, além da pressão pontual em cima do deputado, foi tema de debate entre as cúpulas do PT e do PMDB(1) ontem. A indefinição do cenário impossibilitou qualquer discussão sobre a solução para o impasse. “É preciso esperar o segundo turno”, disse o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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