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PMDB PEDE AUDITAGEM E SUSPENSÃO DE PESQUISAS ELEITORAIS EM CURITIBA

O PMDB de Curitiba, através do advogado Emerson Fukushima, ingressou nesta quinta-feira (18) na 1ª Zona Eleitoral com ação, com pedido de liminar, pela suspensão da nova rodada de pesquisa do Datafolha – instituto de pesquisa do jornal Folha de S. Paulo – entre os dias 19 e 20 em Curitiba. Na mesma ação, o partido coloca em suspeição as pesquisas realizadas até agora por outros dois institutos: Ibope e Vox Populi.

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PMDB PEDE AUDITAGEM E SUSPENSÃO DE PESQUISAS ELEITORAIS EM CURITIBA

PMDB PEDE AUDITAGEM E SUSPENSÃO DE PESQUISAS ELEITORAIS EM CURITIBA

O PMDB de Curitiba, através do advogado Emerson Fukushima, ingressou nesta quinta-feira (18) na 1ª Zona Eleitoral com ação, com pedido de liminar, pela suspensão da nova rodada de pesquisa do Datafolha – instituto de pesquisa do jornal Folha de S. Paulo – entre os dias 19 e 20 em Curitiba. Na mesma ação, o partido coloca em suspeição as pesquisas realizadas até agora por outros dois institutos: Ibope e Vox Populi.

“No campo das pesquisas eleitorais, principalmente referentes ao 1º turno das eleições municipais, o instituto (Datafolha) lamentavelmente tem criado distorções e gerado controvérsias, com erros crassos nos seus levantamentos, gerando revolta em candidatos e também na população”, diz Fukushima.

EXEMPLOS – O advogado usa vários exemplos, entre eles, o das eleições a prefeito de Curitiba em 2000 em que o Datafolha indicava que não haveria segundo turno desde o início dos seus levantamentos em 26/7/200 e ponderou a possibilidade apenas às vésperas do pleito. “O candidato petista Ângelo Vanhoni como num passe de mágica, conseguiu a duas semanas da votação, mais de 14 pontos percentuais, e apesar do Datafolha anunciar desde o início da campanha que o prefeito Cássio Taniguchi seria reeleito no primeiro turno, tal fato passou longe de ocorrer”, aponta o advogado do PMDB.

Fukushima também aponta que o Datafolha ignora as determinações legais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em relação a metodologia aplicada na pesquisa, que deve ser antecipada ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), notadamente, o plano amostral com as ponderações quanto a sexo, idade, grau de instrução e nível econômico dos entrevistados.

“Ou seja, a técnica de amostragem do Datafolha é incompleta e não confiável cientificamente e também não preenche os requisitos exigidos pela legislação em vigor”, sustenta Fukushima.

SEM PONDERAÇÃO – Na ação o advogado diz que ao considerar para ponderação apenas o sexo e idade, e desconsiderar o grau de instrução, sujeita-se a pesquisa a não observar a exata estratificação social de Curitiba, “gerando evidentes distorções nos seus resultados finais”.

Fukushima diz que a falta de ponderação quanto a todos os requisitos exigidos em lei pode acarretar conseqüências catastróficas.

Outro agravante, segundo Fukushima, mostra que os dados do Datafolha são semelhantes aos do Ibope e do Vox Populi. “Isso deve ao fato de que também o Ibope e Vox Populi não obedecem aos critérios de ponderação preceituados em lei. Estes institutos possuem semelhante modus operandi, limitando a sua ponderação somente quanto a idade e sexo, por isso não se é de estranhar que apresentem resultados semelhantes”.

O advogado vai além e questiona também que o Datafolha utiliza somente utiliza 52 pontos de abordagem, o que equivale a nove bairros, sendo que Curitiba tem 75 bairros.

Causou estranheza ao advogado que apenas um entrevistador, identificado apenas pelo número “9999”, realizou 140 entrevistas nos mais diversos bairros de Curitiba e em dezenas de pontos de fluxos, em apenas dois dias.

“O entrevistador se tiver trabalhado oito horas por dia, fez uma entrevista a cada seis minutos, deslocando-se em diversos bairros, o que é minimamente impossível, dada a distância e a dificuldade do trânsito atual”, argumenta Fukushima.

LIMINAR – O advogado afirma que nestas eleições desde as primeiras divulgações das pesquisas do Datafolha, Ibope e Vox Populi sucedem resultados sempre parecidos e que despontam o candidato situacionista como amplo favorito, chegando ao absurdo de afirmarem que tal candidato possui hoje 78% dos votos válidos, sendo que para outros candidatos indicam apenas 1%.

“Tais resultados divulgados através das pesquisas que não preenchem os requisitos de ponderação sobre o grau de escolaridade e nível econômico, geraram uma situação de conformismo e pasmaceira nas eleições para prefeito em Curitiba. E por mais que os candidatos oposicionistas estejam se esforçando nas caminhadas, reuniões, programas eleitorais, a população em si perde o interesse na discussão”, completa o advogado que pediu liminar para suspender a realização da nova pesquisa do Datafolha.