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O JOVEM NO BRASIL, DESEMPREGADO E SEM EDUCAÇÃO

A situação não está fácil para os jovens brasileiros. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, mostrra que o desemprego triplicou, de 1987 a 2007, entre jovens de 16 a 20 anos, ou seja, passou de 7% para 20% nesta faixa etária. Na faixa dos 21 aos 29 anos, o desemprego mais que dobrou, passando de 5% para 11% no mesmo período. Em 2007, havia 4,8 milhões de jovens desempregados, 60,74% do total de desempregados no país.

Mas isto não é tudo, o mesmo estudo mostra que menos da metade dos jovens com idade de 15 a 17 anos está cursando o ensino médio, o antigo segundo grau. Pior, apenas 13% dos jovens com idade de 18 a 24 anos frequentava o ensino superior em 2007.

Mesmo com estatísticas tão adversas, o estudo constata que houve avanços no acesso dos jovens à educação. Em 2007, 82% dos jovens de 15 a 17 anos frequentavam a escola. O problema está no atraso para concluir os estudos: apenas 48% estava no ensino médio.

O blog separou duas matérias sobre a análise. Clique AQUI para ler

O JOVEM NO BRASIL, DESEMPREGADO E SEM EDUCAÇÃO

O JOVEM NO BRASIL, DESEMPREGADO E SEM EDUCAÇÃO

A situação não está fácil para os jovens brasileiros. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, mostrra que o desemprego triplicou, de 1987 a 2007, entre jovens de 16 a 20 anos, ou seja, passou de 7% para 20% nesta faixa etária. Na faixa dos 21 aos 29 anos, o desemprego mais que dobrou, passando de 5% para 11% no mesmo período. Em 2007, havia 4,8 milhões de jovens desempregados, 60,74% do total de desempregados no país.

Mas isto não é tudo, o mesmo estudo mostra que menos da metade dos jovens com idade de 15 a 17 anos está cursando o ensino médio, o antigo segundo grau. Pior, apenas 13% dos jovens com idade de 18 a 24 anos frequentava o ensino superior em 2007.

Mesmo com estatísticas tão adversas, o estudo constata que houve avanços no acesso dos jovens à educação. Em 2007, 82% dos jovens de 15 a 17 anos frequentavam a escola. O problema está no atraso para concluir os estudos: apenas 48% estava no ensino médio.

O blog separou duas matérias sobre a análise. Confira a seguir:

Deu em O Globo
Ipea: desemprego triplicou entre os jovens

Estudo mostra que, entre 1987 e 2007, índice passou de 7% para 20% na faixa etária dos 16 aos 20 anos

De Vivian Oswald:

Estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que é preocupante a falta de investimento na juventude brasileira.

Um dos maiores desafios para o governo é lidar com o desemprego crescente entre os jovens e os efeitos que o problema terá no futuro deles.

Na faixa etária dos 16 aos 20 anos, a taxa de desemprego passou de 7%, em 1987, para mais de 20%, em 2007. Na faixa dos 21 aos 29 anos, o desemprego mais que dobrou, passando de 5% para 11% no mesmo período.

Em 2007, havia 4,8 milhões de jovens desempregados, 60,74% do total de desempregados no país. O desemprego nesta faixa etária é três vezes maior que entre adultos. Especialmente elevado (19,8%) era o número de jovens que não estudavam nem trabalhavam.

Outro problema é a má qualidade do emprego oferecido aos jovens. Segundo o livro "Juventude e políticas sociais no Brasil", do Ipea, 50% dos jovens entre 18 e 24 anos trabalham sem carteira assinada, assim como 30% da faixa entre 25 e 29 anos.

Os jovens se submetem a empregos piores e abrem mão de parte do período de educação.

— Quanto mais cedo se começa, menores as oportunidades pela frente — disse o diretor de Políticas e Estudos Sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro.

O Ipea destaca que as décadas de 80 e 90 foram muito difíceis para juventude. Os empregos destinados aos jovens foram ocupados por pessoas mais velhas, principalmente nos bancos e na construção civil.

— Nunca tivemos décadas tão dramáticas para a juventude. Houve uma inflexão da inclusão do jovem no mercado de trabalho — disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann.

O estudo afirma que as ações do governo para os jovens não são coordenadas.

Fenômenos como as altas taxas de evasão escolar, índices alarmantes de morte precoce ou a reprodução de desigualdades centenárias entre as novas gerações confirmam uma trajetória irregular e de fracassos na faixa etária entre 15 e 29 anos.

Segundo o Ipea, o país não está tirando o melhor proveito do bônus demográfico que a onda jovem possibilita.

— O Brasil chegou um pouco tarde com políticas públicas para a juventude — diz Pochmann.

IPEA

Menos da metade dos jovens de 15 a 17 anos está no ensino médio

O problema está no atraso para concluir os estudos: apenas 48% estava no ensino médio

agência Brasil

Menos da metade dos jovens de 15 a 17 anos está cursando o ensino médio, etapa de ensino adequada para esta faixa etária, e apenas 13% dos jovens de 18 a 24 anos frequentavam o ensino superior em 2007. Esses são alguns destaques da pesquisa Juventude e Políticas Sociais no Brasil, lançado nesta terça (19) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

O estudo aponta que houve avanços no acesso de jovens à educação. Em 2007, 82% dos jovens de 15 a 17 anos frequentavam a escola. O problema está no atraso para concluir os estudos: apenas 48% estava no ensino médio.

Para o diretor de estudos e políticas sociais do instituto, Jorge Abrahão, a educação é vista pelos jovens como uma força positiva. “Os jovens entendem a educação como um caminho para melhorar a vida. Mas o jovem enfrenta no processo de escolarização problemas de desigualdades de oportunidades”, aponta.

A cor, o nível de renda e o local onde mora o jovem interfere nas oportunidades de acesso. Em 2007, 57% dos brasileiros de 15 a 17 anos que residiam em áreas metropolitanas frequentavam o ensino médio, contra pouco menos de 31% no meio rural.

Abrahão destaca que o jovem ainda se divide entre os estudos e o mercado de trabalho e aqueles que conseguem frequentar a escola precisam lidar ainda com o problema da baixa qualidade do ensino. “A escola ainda está fundamentada em uma estrutura antiquada, o que torna para o jovem pouco atraente aquele período em que ele se mantém na escola”, diz.

No ensino superior, entre 1996 e 2007, a taxa de frequência líquida cresceu 123%. Mas o percentual de jovens na faixa etária dos 18 aos 24 anos que têm acesso à etapa ainda é apenas de 13% – muito abaixo da meta de 30% estipulada para 2011 no Plano Nacional de Educação (PNE). A renda é fator determinante para o acesso do brasileiro à universidade: a taxa de frequência daqueles que têm renda mensal per capita de cinco salários mínimos ou mais (55%) é dez vezes maior do que entre a população que ganha até meio salário mínimo (5%).

O estudo do Ipea destaca que o Brasil ainda tem 1,5 milhão de jovens analfabetos (15 a 29 anos). Segundo a pesquisa, “a manutenção do número de analfabetos no país em patamar elevado está relacionada à baixa efetividade do ensino fundamental”. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE) de 2007, 44,8% das pessoas analfabetas com 15 anos ou mais já haviam frequentado a escola.