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Governador e Danielle Mitterrand discutem gestão pública da água

O governador Roberto Requião recebeu nesta segunda-feira (27), na granja do Ganguiri, a ex-primeira dama francesa Danielle Mitterrand. A viúva do estadista francês François Mitterrand e presidente da Fundação France Libertés está em Curitiba para participar da assinatura do protocolo de intenções, entre Sanepar e o Instituto Arapoty, para o desenvolvimento de ações educativas em comunidades indígenas. Também será formalizado o convite a Danielle para patronesse do Fórum Social Mundial. Leia na íntegra em Reportagens

Política, economia, cultura e bom humor no blog do Paraná.

Governador e Danielle Mitterrand discutem gestão pública da água

O governador Roberto Requião recebeu nesta segunda-feira (27), na granja do Ganguiri, a ex-primeira dama francesa Danielle Mitterrand. A viúva do estadista francês François Mitterrand e presidente da Fundação France Libertés está em Curitiba para participar da assinatura do protocolo de intenções, entre Sanepar e o Instituto Arapoty, para o desenvolvimento de ações educativas em comunidades indígenas. Também será formalizado o convite a Danielle para patronesse do Fórum Social Mundial.

O risco da apropriação dos recursos hídricos pela iniciativa privada foi discutido com o governador do Paraná. Danielle defende a gestão pública das águas e, nesta terça-feira (28) dá a palestra “Água: direito humano e bem público”, na Escola de Governo. A ex-primeira-dama francesa afirma que a aplicação de apenas 1% do orçamento bélico do mundo – algo em torno de US$ 1 trilhão – e a administração pública desses recursos seriam o suficiente para resolver o problema da falta de acesso à água em todo o planeta.

Criada há 20 anos para defender os direitos humanos, a Fundação France Libertés voltou-se à defesa de direitos ambientais, em razão do grande número de pessoas atingidas por problemas gerados pela privatização de recursos naturais. A fundação apóia 100 projetos no mundo, seis deles no Brasil.

GLOBALIZAÇÃO – O encontro foi oportunidade ainda para a discussão das mudanças sociais geradas pela globalização e pelo aumento de trabalhadores estrangeiros na França. “Temos forte influência cultural dos franceses, mas vejo uma regressão na rejeição ao estrangeiro. A população francesa se sente ameaçada, mas, na verdade, a ameaça é o tipo de desenvolvimento econômico”, afirmou Requião. Danielle lembrou a contribuição econômica e cultural da migração. “A França se enriqueceu dessas culturas em várias ondas de migração. Não deveriam ser consideradas ameaça”, disse.

O encontro teve também a participação do bispo da diocese de São José dos Pinhais, dom Ladislau Biernaski, do presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek, e sua esposa Maria Olivia; do deputado federal Florisvaldo Fier, da presidente do Museu Oscar Niemeyer, Maristela Requião; da diretora de Meio Ambiente da Sanepar, Arlete Rosa; e dos representantes do Instituto Arapoty, Kaka Wera e Elaine Silva.

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