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EM FOZ, MORADOR PEDE MAIS ÁREAS DE LAZER

O blog reproduz email enviado pelo escritor e estudante de Arquitetura e Urbanismo e Gestão Pública Luiz Henrique Dias, pedindo a instalação de mais áreas de lazer em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Sob o título "A Foz do Iguaçu que queremos", Dias fala do dia-a-dia na cidade e a falta de opções na cidade.

A seguir a íntegra da carta:

Hoje eu fui caminhar sozinho na Pista de Cooper da Avenida Paraná e tive a mesma impressão de dias atrás, quando fui ao Gramadão da Vila A: a população precisa de mais áreas de lazer.

Parece uma conclusão óbvia, eu sei. Mas não creio ser tão óbvio na cabeça dos governos. Já parou para perceber que os locais com maior concentração de pessoas na cidade são os Supermercados e o JL Shopping? Alguns dizem ser pela segurança, outros pela comodidade. Pode até ser, em parte, mas nesses dias de sol, basta visitar o Gramadão e a Avenida Paraná para perceber o quanto os cidadãos estão tentando vencer o medo da violência e ir para a rua. Levam seus cachorros, seus filhos e seus sorrisos. Caminham, correm, olham ao redor e respiram o ar puro.

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EM FOZ, MORADOR PEDE MAIS ÁREAS DE LAZER

O blog reproduz email enviado pelo escritor e estudante de Arquitetura e Urbanismo e Gestão Pública Luiz Henrique Dias, pedindo a instalação de mais áreas de lazer em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Sob o título "A Foz do Iguaçu que queremos", Dias fala do dia-a-dia na cidade e a falta de opções na cidade.

A seguir a íntegra da carta:

A Cidade: a casa do homem

A Foz do Iguaçu que queremos

Todos os dias vamos juntos debater nossa cidade.

Áreas de Lazer

* Luiz Henrique Dias

Hoje eu fui caminhar sozinho na Pista de Cooper da Avenida Paraná e tive a mesma impressão de dias atrás, quando fui ao Gramadão da Vila A: a população precisa de mais áreas de lazer.

Parece uma conclusão óbvia, eu sei. Mas não creio ser tão óbvio na cabeça dos governos. Já parou para perceber que os locais com maior concentração de pessoas na cidade são os Supermercados e o JL Shopping? Alguns dizem ser pela segurança, outros pela comodidade. Pode até ser, em parte, mas nesses dias de sol, basta visitar o Gramadão e a Avenida Paraná para perceber o quanto os cidadãos estão tentando vencer o medo da violência e ir para a rua. Levam seus cachorros, seus filhos e seus sorrisos. Caminham, correm, olham ao redor e respiram o ar puro.

Mas ainda é pouco.

Somos 320 mil iguaçuenses, de nascimento ou de opção, e mais uns 300 mil paraguaios, argentinos e turistas que, todos os finais de semana, escolhem Foz do Iguaçu para passear. E não temos opções saudáveis para toda essa gente!

É necessário uma emergencial distribuição, por toda a cidade, de locais de encontro como gramados, praças arborizadas, parques de diversão (como os antigos) e áreas esportivas. Todos esses locais devem contar com a presença de nossa Guarda-Municipal. Além disso, devemos controlar melhor a presença dos vendedores ambulantes nesses espaços. Não para coibir o trabalho informal, fruto de um processo histórico de desemprego, mas para ordenar o que é vendido. O Gramadão da Vila A está cercado de pessoas vendendo bebidas alcoólicas para menores, espantando as famílias, e comidas do tipo fast-food, que prejudicam a saúde. As áreas não podem ser praças de alimentação e nem bares a céu aberto, mas pontos de encontro e convivência.

Talvez uma saída seja instalar banheiros públicos e bebedouros de água gelada. Além disso, a presença de profissionais de educação física e da cultura para orientar as caminhadas, os alongamentos e as atividades lúdicas de pintura, desenho e brincadeiras. Por fim, esses espaços devem ocorrer em todas as regiões e precisam ser atendidos por serviços básicos, como estacionamentos adequados e paradas do transporte coletivo.

Defendo que onde o poder público entra com energia e estrutura, a violência passa longe.

Precisamos entender que essa cultura do shopping e do supermercado é terrível para a sociedade e para a saúde pública. As pessoas não convivem a diferença da cidade e confundem lazer com consumo calórico. Disputar espaço no domingo dos cidadãos com os espaços privados é dever do Estado. Mas, para isso, temos que dar condições e estrutura. Afinal, a disputa é acirrada.

* Luiz Henrique Dias é escritor e estudante de Arquitetura e Urbanismo e Gestão Pública. Ele acredita no poder da convivência social como forma de combater a violência e consumismo. Ele escreve todas as segundas na Gazeta do Iguaçu e diariamente no blog http://acasadohomem.blogspot.com . Pode ser seguido no twitter pelo www.twitter.com/LuizHDias .

Atenciosamente,
Luiz Henrique Dias

45-9951-4585
45-3025-3854 (Ramal 21)