Após colher depoimentos de representantes das classes médicas e entidades reguladoras e de defesa do consumidor, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Assembleia Legislativa para investigar a relação entre operadoras de planos de saúde suplementar e prestadores de serviço, inicia nesta terça-feira (07) as sessões para ouvir as entidades que representam as empresas do setor. A reunião será às 10h na Sala das Comissões da Alep.
Foram intimados o superintendente da União Nacional das Instituições de autogestão em Saúde (Unidas), Mauro Pereira; o vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina em Grupos (Abramge), o vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupos, Cadri Massuda e o representante da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), Sandro Leal Alves.
“É a oportunidade de entendermos a relação entre os prestadores de serviços e as operadoras. Os médicos apresentaram a versão deles, reclamam principalmente da defasagem no preço das consultas; a ANS também teve a oportunidade de explicar como regulamenta o setor e agora queremos ouvir as empresas e vamos dar espaço para que elas expliquem como é essa relação com os prestadores de serviços para, então, tomarmos uma decisão”, afirmou o deputado Adelino Ribeiro (PSL), presidente da Comissão.
Outras empresas do setor de saúde suplementar serão chamadas nas próximas semanas. A CPI também iniciará uma série de audiências no interior do Estado, onde abrirá espaço para médicos, usuários ou mesmo às empresas que queiram se manifestar ou relatar problemas enfrentados.
“A CPI foi criada com o propósito principal de defender o interesse do usuário, do cidadão que paga pelo plano de saúde mas em muitas casos não está recebendo o atendimento adequado. Temos visto uma quantidade significativa de médicos e hospitais pedindo descredenciamento dos planos de saúde e precisamos dar uma resposta satisfatória à população”, concluiu o presidente da comissão.