Em entrevista ao Jornal da Manhã, o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PPS), faz uma avaliação dos primeiros dias de governo e o estado em que encontrou a prefeitura. Segundo ele, a situação não é nada animadora. O prefeito conta que pegou uma prefeitura endividada, com problemas estruturais e déficit de pessoal. Leia a seguir, trechos da entrevista.
Realmente está bem mais difícil do que eu imaginava. Tivemos uma reunião de 6 horas com os secretários e evidenciamos que não existe nenhuma secretaria que não tenha problemas com contratos ou problemas estruturais. Todas as secretarias estão com problemas. Nós estamos recebendo algumas obras que estão inacabadas, empreiteiras cobrando a prefeitura porque os pagamentos estão atrasados. Nesta semana o prédio do Centro da Música foi alvo de repercussão nacional e até internacional. Realmente aquelas obras não poderiam ter sido inauguradas.
A questão da saúde na minha opinião é a mais grave, porque no orçamento não foi destinado o valor que é necessário. Nós temos no orçamento R$ 96 milhões para a saúde em 2013, mas pelos cálculos que nós fizemos precisaria de pelo menos R$ 136 milhões para a saúde. Nós temos a UPA e as UTIs que nós queremos anunciar, bem como a contratação de mais médicos para atender após às 18 horas. Nós temos problemas com relação aos veículos. Nós temos 638 veículos e grande parte estão com problemas, principalmente na Secretaria de Obras.
Nós temos um problema muito grave com a dívida com a Sanepar, que é na ordem de R$ 20 milhões. Estou tentando renegociar essa dívida com o governo do Estado. Não é algo tão fácil porque se isso acontecer nós podemos abrir um precedente e pode ser perigoso. Nós temos um problema com relação a convênios que foram firmados que foram negativados pelo Tribunal de Contas, porque a cidade estava no cadastro negativo e nós tivemos que reverter.