O deputado federal Zeca Dirceu (PT) disse nesta quarta-feira, 3, que o Congresso Nacional precisa dar um basta nos cortes e contingenciamentos no orçamento da União sobre áreas prioritárias do serviço público como a educação e saúde. “Bolsonaro não tem piedade alguma da população, corta sem dó. E não foi a primeira vez, aconteceu outras vezes. É o corte de dinheiro da saúde e educação, o que vai precarizar ainda mais os serviços, as condições de trabalho e o atendimento da população”, disse Zeca sobre os novos cortes de R$ 6,7 bilhões anunciados pelo governo federal.
“Os cortes previstos são maiores ainda e podem ser ampliados para 2023. Nós não vamos aceitar de novo que se tire dinheiro da educação e da saúde. Os parlamentares do PT e de outros que estão na Comissão do Orçamento vão agir fortemente e evitar prejuízos tão grandes”, reiterou o deputado.
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Zeca Dirceu lembrou que entre 2005 e 2010 foi prefeito de Cruzeiro do Oeste, cidade do Noroeste do Paraná, fez ajustes fiscais, mas sem cortes em áreas prioritárias. “Fui prefeito de Cruzeiro do Oeste por duas vezes, tive que tomar medidas duras, fazer ajustes fiscais, financeiros, mas nunca cortei recursos da educação e da saúde porque sei que isso toca muito a vida das pessoas”.
Tragédia – Nesta terça-feira, 2, o deputado condenou os cortes contínuos para a manutenção de 17 universidades federais, entre elas a UFPR, Unila, UTFPR e IFPR, que podem paralisar suas atividades porque vão ficar sem dinheiro para pagar as contas de água e luz. Em 2022, já foram R$ 400 milhões cortados do chamado orçamento discricionário das instituições.
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Zeca Dirceu disse que a educação sempre foi uma grande prioridade de qualquer governo, e classificou com “uma tragédia escandalosa” os orçamentos das universidades federais eram de R$ 12 bilhões em 2011 e pode cair para R$ 3,9 bilhões em 2023. “Durante oito anos, os orçamentos da educação, saúde e educação cresceram acima da inflação e foram criados programas que até hoje são lembrados pela população”, disse,
“Quem não lembra do Samu, das Upas, Mais Médicos, Farmácia Popular, programas da educação como o Fies e Prouni, a ampliação das universidades, as vagas em creches. Tudo isso são referências até hoje na história do Brasil e que há uma intenção deliberada de se acabar com tudo”, afirma Zeca Dirceu.