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Vereadores mantêm cerveja fora dos estádios de Curitiba

Vereadores mantêm cerveja fora dos estádios de Curitiba

A pressão foi grande e os vereadores de Curitiba que haviam aprovado a liberação da venda de cerveja nos estádios, voltaram atrás nesta segunda-feira, 14, e derrubaram o projeto em segunda votação. Por 28 a 4, mantiveram o veto à bebida nas praças esportivas – dois vereadores se abstiveram. Na primeira votação, 19 vereadores haviam votado a favor e 11 foram contra a venda de cerveja. As informações são da Banda B.

A aprovação em primeiro turno ganhou forte oposição do Ministério Público e das polícias civil e militar, além de grupos religiosos. A segunda votação foi adiada por cinco sessões plenárias, e o projeto de lei voltou à pauta nesta segunda-feira.

A proposta autorizava o comércio de bebidas alcoólicas nos estádios até 15 minutos antes do fim das partidas, em bares, lanchonetes e camarotes VIP credenciados. O teor alcoólico deveria ser inferior a 14% e o líquido deveria estar acondicionado em recipientes de plástico, como copos e garrafas. Os postos de venda deveriam informar, por meio de cartazes e outros materiais, que o produto é proibido a menores de 18 anos de idade e que o consumo exagerado é nocivo.

Representantes da Polícia Militar e Ministério Público do Paraná apresentaram dados que comprovariam a redução no número de ocorrências policiais após a proibição do consumo de álcool nos estádios. No dia 1º de setembro, em reunião com vereadores favoráveis e contrários à proposta, tanto a PM, quanto MP e Polícia Civil voltaram a defender a derrubada do projeto de lei em plenário.

No dia seguinte, a Câmara Municipal recebeu uma carta assinada pelo arcebispo de Curitiba, Antonio Peruzzo, que também pede que os parlamentares votem contra a liberação das bebidas. A correspondência foi entregue em mãos aos vereadores pelo bispo Dom José Mário Angonese. “Institucionalizar o consumo da bebida alcoólica nos estádios é um problema, pelo clima de animosidade permanente entre as torcidas organizadas”, disse o representante da igreja.