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VEJA PUBLICOU A PRÓPRIA PROVA DO (SEU) CRIME

Por Luis Nassif:

Vamos conferir direitinho o método de reportagem do Diego Escosteguy e da Veja.

Como expliquei no Twitcam, o jogo da manipulação consiste em pegar um conjunto de informações soltas, depois compor um roteiro à vontade do freguês, uma peça de ficção mas que contenha alguns ingredientes reais.

Como fez o Diego?

1.Levantou um contrato da Via Net Express com a Capital (do filho da Erenice) em que se fala em taxa de sucesso de 6%.
2.Diz que, pela Via Net, quem assina é o seu dono Fábio Bacarat. Na verdade, Bacarat nada tem a ver com a empresa, a não ser oferecer serviços eventuais.
3.Levanta matérias recentes da imprensa, sobre as ligações da MTA com a ANAC e os Correios.
4.Ponto: tem os contratos da MTA junto aos Correios e a comissão de 6%. Cruza uma com outra e tem-se o valor da propina.
5.Para fechar o elo, diz que Erenice «indicou» o tal coronel Quá-Quá para a ANAC. A prova: a assinatura dela na indicação. Não informa que todas as indicações para cargos públicos passam pela Casa Civil.
6.A partir dessa soma admirável, a revista faz toda sorte de elucubrações. Fala em financiamento do esquema, em reuniões fechadas, sem celular nem caneta e o escambau.
Infelizmente a revista não disponibiliza mais o conteúdo na Internet e meu scan aqui em casa dá incompatibilidade com o Mac. Peço que um de vocês escaneie trechos do tal contrato que a revista publica na página 81.

Lá se lê:

Cláusula 2.1 – São obrigações da Contratada:
a)     Prestar serviços de consultoria e (…)
b)    Representar a Contratante junto a instituições públicas e privadas, com zelo e probidade (…)
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