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VEJA O QUE A QUADRILHA DE LERNER, QUE APÓIA E COORDENA A CAMPANHA DE OSMAR DIAS, FEZ AO PR

VEJA O QUE A QUADRILHA DE LERNER, QUE ESTÁ APOIANDO E COORDENANDO A CAMPANHA DE OSMAR DIAS AO GOVERNO DO ESTADO, FEZ COM O BANESTADO E A ECONOMIA DO PARANÁ.

 

O senador Osmar Dias resolveu questionar a economia paranaense na atual gestão. Muito interessante esse senhor adotar como bandeira de campanha críticas à economia do Paraná. Mais estranho, ainda, é que ele já tem todas as respostas de que precisa. Sabe muito bem, assim como todo o povo paranaense o sabe, que a quadrilha chefiada por Jaime Lerner deixou de herança, para este governo, um Estado quebrado. 

Quem sabe seja este o momento de reavivar a memória do senador, citando um pequeno trecho de seu discurso, em 10 de dezembro de 1997, sobre o governo Jaime Lerner, seu atual aliado: “…disse é que vou votar contra um Governo que está lotado de denúncias de corrupção e não responde, não explica. Vou votar contra um Governo que quebrou, mas quebrou de verdade, o Estado do Paraná em apenas dois anos e meio de administração desastrosa. Vou votar contra um Governador, que é mentiroso contumaz, que mente no passado, no presente e no futuro. Nunca vi, na história do Paraná, um Governo que mentira igual a esse…” (fonte http://www.senado.gov.br/web/senador/).

E ainda: “Devo aqui fazer um reparo: o Senador Jefferson Péres tem acompanhado a nossa posição de não autorizar empréstimo ao Estado que está quebrado. O Governo do Estado do Paraná está quebrado pela incapacidade administrativa do Governador Jaime Lerner e de uma equipe de irresponsáveis, diga-se de passagem”.   

Se dúvidas restam ao Senador, sobre a tragédia que se abateu sobre a economia paranaense durante esse malfadado governo Lerner e sua quadrilha, e suas conseqüências para todo o povo deste Estado, por que não as esclarece junto ao próprio Lerner? Será que é por que ainda o considera um mentiroso contumaz? E se o considera um mentiroso, um corrupto, um administrador incapaz, por que o tem, e toda a sua equipe de irresponsáveis, como aliado à sua campanha para governador? Mudou de idéia, Senador, ou uniu-se à quadrilha? 

Confesso que nós, cidadãos, também gostaríamos de fazer algumas perguntas ao Governador que antecedeu o atual governo. E gostaríamos de vê-lo responder diante das câmeras, para todos os paranaenses ouvirem suas respostas: o que o Senhor fez com o Banestado? Como o Senhor quebrou o Banestado? Quando o Senhor assaltou o Banestado e depois, sem ter mais o que fazer, privatizou-o, em algum momento passou pela sua cabeça, ou pelas cabeças da sua “eficiente” equipe, as conseqüências futuras dos seus atos na economia paranaense?

Senador, já que o Sr. Jaime Lerner está aí ao seu lado, ajudando-o a criticar este Governo, e aliado à sua campanha, aproveite a oportunidade e repita algumas das suas palavras em discursos que talvez já tenha esquecido ou esteja querendo esquecer por força de interesses políticos atuais. Vamos ajudá-lo a reencontrar as suas próprias palavras proferidas contra Lerner e sua administração: 16/10/2000 – Considerações sobre a corrupção no Banestado.

“…e para o povo, que está sendo convidado pelo Governador Jaime Lerner e pelo seu Secretário da Fazenda a pagar uma conta construída pela desonestidade e pela corrupção instalada no Banco do Estado, como de resto no Governo do Estado do Paraná…” (grifamos).

 “…É preciso ser claro, porque a população do meu Estado e a população brasileira precisam saber que o processo de desmanche a que foi promovido o Banco do Estado do Paraná teve origem na elevada corrupção que tomou conta do Governo do meu Estado. E como disse aqui, há quinze dias, a Diretora do Banco Central, Tereza Grossi, essa corrupção foi instalada por uma quadrilha no Banco do Estado do Paraná, que assaltou o banco do povo paranaense…” (grifamos).

“…mas a Tereza Grossi disse que ‘a quadrilha se instalou no Banco do Estado do Paraná em 1995’. E li, na reunião, parte do relatório da auditoria do Banco Central, o qual dizia que, até 1995, a Banestado Leasing crescia, tinha lucros anuais e era uma empresa que operava sempre no azul e com crescimento do seu patrimônio. Em 1995, foi estarrecedor o que aconteceu…”

“…O presidente do Banco diz que roubaram o Banco; os diretores do Banco Central dizem que o Banco foi assaltado. Onde está o Governador Jaime Lerner , que não dá opinião, que se omite, que, com cara de paisagem, vai à televisão e diz que não tem nada a ver com o que está acontecendo no Banco do Estado?”

Homem sem opinião, omisso, com cara de paisagem…faz favor Senador, esse é o homem com quem o Senhor se uniu para questionar o atual governo? Mas, vamos adiante…

“…O Governador nomeou os diretores que assaltaram o Banco. Que autoridade, então, tem o Governador para continuar gerenciando um Estado, conduzindo o Orçamento do Estado, se afirma não ter nada a ver com o que aconteceu com o Banco roubado? Também o povo do Paraná foi assaltado, e o Governador pensa que não tem nenhuma providência a tomar. Sua única luta, nos últimos dias, é para garantir o leilão…” (grifamos).

“…Senadora Heloísa Helena, assaltaram o Banco. Mais de trezentos milhões foram roubados do Banco, e o Governador diz que não tem nada com isso. Então, quem tem? A quem devemos recorrer?…Será que as pessoas têm alguma preocupação com o futuro? O Secretário da Fazenda, se for chamado à responsabilidade, dirá o que está sendo feito para recuperar o dinheiro roubado?” (grifamos).

Talvez possamos responder a essa questão: com absoluta certeza, ninguém daquele trágico e cômico governo estava preocupado com o futuro. O futuro a que o Senhor se referiu foi o que Roberto Requião enfrentou nos últimos quatro anos, e enfrentou consertando os erros do passado, os erros que estavam sendo cometidos naquele momento em que o Senhor proferia essas palavras. Enfrentou com atitudes, obras, trabalho duro, honestidade, transparência e não com palavras. Enfrentou convicto, desde o começo da sua gestão, que a herança deixada pelo seu atual companheiro aliado de partido, deixaria por muito tempo, neste Estado, o rastro da lama que os pés desse ex-governador espalharam por toda esta terra paranaense.

"…apesar da administração medíocre, ridícula, criminosa, que hoje está no comando do Banco do Estado do Paraná. Créditos em liquidação, ações da Copel, crédito tributários e a obrigação que o Governo do Estado terá, nos próximos cinco anos, com exclusividade, de depositar toda receita do Governo do Paraná no Banco, êta lucro danado que terão o Bradesco e o Itaú, os dois bancos que sobraram…” (grifamos).

Cabe-nos aqui um aparte a mais. Além de toda receita do Estado ter que ser depositada em um banco particular, que visa exclusivamente o lucro, doa a quem doer, é fundamental afirmarmos, para que cada cidadão deste Estado possa se prevenir contra o retorno dessa quadrilha,  que Lerner não apenas quebrou e privatizou o Banco, ele também condenou o Paraná a 30 anos de dívidas, R$ 1 MILHÃO POR DIA, e pior, muito pior, além de tudo o que ainda temos para comentar, Lerner traiu o povo Paranaense, traiu o voto do humilde, do micro e pequeno empresário, do agricultor, do importador e exportador,  porque com essa doação feita ao Itaú, com essa entrega do Banestado a um banco particular, criminosa e irresponsável, detonou, da noite para o dia, os programas sociais, as políticas econômicas do Estado, realizadas até então através do nosso Banco.

Fala sério, Senador! Ao questionar o este Governo, ao criticar as realizações de Requião, no mesmo instante em que fala da atual economia do Estado, em algum momento o senhor lembra do malfeitor que promoveu a maior destruição que este povo já viu? E ele está aí ao seu lado. O que aconteceu? O Senhor mudou o discurso, mudou de lado, está disposto a fazer qualquer coisa para se eleger? Caso se eleja, que cargo dará ao Sr. Jaime Lerner?

Quem sabe, então, ele e sua equipe de irresponsáveis estejam voltando para privatizar a Copel, a Sanepar, o Porto de Paranaguá e de Antonina…e sabe Deus o que mais, já que homens no palanque eleitoral sempre querem o que o povo do Estado quer. Passada a eleição, mostram que aquilo que o povo queria, eles não querem mais. Quando eleitos, passam a visar os bens do Estado e não o bem do povo do Estado que o elegeu.

E para que não haja qualquer dúvida sobre a gestão do Banestado, anterior a Lerner, para que o Ex-governador, mentiroso (como o Senhor mesmo o chamou), venha dizer que o Banco já estava em uma situação difícil, vou usar, mais uma vez, as suas próprias palavras:

“…Senador Roberto Requião, V. Exª  foi Governador e entregou o Banco como o terceiro mais rentável do País. Hoje, ele é o ducentésimo na ordem de viabilidade financeira. Procurei na lista até o centésimo nonagésimo nono. Não encontrei; pensei que tinham esquecido o Banco do Estado…”

(fonte Http://www.senado.gov.br/web/senador/). (grifamos).

Responda-nos, a quem Roberto Requião entregou o Banco do Estado do Paraná como o terceiro mais rentável do País? Ele está aí, ao seu lado. Pronto para voltar e continuar com a sua estratégia tecnocrata neoliberal, ou seja, pronto para destruir o que foi reconstruído nestes últimos quatro anos e, popularmente falando, pronto para ferrar com o nosso povo, mais uma vez.

Senador, não macule a sua dignidade, tentando transferir para a gestão de Requião, as responsabilidades decorrentes da irresponsabilidade desse homem que hoje é seu aliado de partido e de campanha. Essa tática de palanque não cola mais, o povo não esquece. O povo não quer mais saber de corrupção, e o senhor traz um corrupto para o seu palanque? Porque o povo não pode ser enganado novamente. O povo precisa saber de todas as dificuldades que o ex-governador nos deixou como herança. Que o desmanche promovido no Estado na sua gestão trouxe, ninguém pode negar, seriíssimas conseqüências à economia do Estado.

Vamos falar um pouco dessas conseqüências, já que o Senhor está tão preocupado em procurar culpados, ou melhor, novos culpados:

Fonte: Revista Paranaense de desenvolvimento, Curitiba, n.105, p. 125-140, jul./dez.2003. “…Com a definição do Regime Automotivo Brasileiro, em 1995, foram atraídas para o Estado as empresas Renault, Chrysler e Audi-Volkswagen. Desde então, as divergências no meio empresarial expressaram-se de forma mais evidente e os efeitos na economia paranaense mostraram não ser tão positivos, diferentemente do que foi alardeado à opinião pública pelo governo Lerner…”

“[…} é preciso que o governo passe também a conceder incentivos para a implantação de agroindústrias no interior do Estado e encontre mecanismos para apoiar os pequenos e microempreendedores, que comparativamente precisam de poucos recursos para abrir ou fazer crescer um negócio e que são responsáveis pela geração de muito mais empregos que grandes empresas” (REVISTA DO COMÉRCIO, set.2000).

Os trechos que estamos citando fazem parte de uma análise sobre as relações políticas entre o Estado e o empresariado no Paraná, e nossa intenção ao mencioná-los é o de apresentar ao Senador Dias os verdadeiros algozes da nossa economia. Trechos que demonstram claramente a política do governo Lerner com relação aos incentivos às montadoras e o abandono dos empresários paranaenses. A chamada mudança de perfil da economia paranaense.

Continuemos então: “…A estratégia de decisão da tecnocracia lernista tem dado cada vez mais sustentação a um modo de regulação neoliberal. Conseqüentemente, os déficits da economia paranaense ampliaram-se de modo significativo, colocando o Estado do Paraná à beira da falência…” (grifamos).

“…Para promover o desenvolvimento industrial acumulou-se um crescente endividamento externo, inviabilizando qualquer possibilidade de crescimento auto-sustentável, conduzindo o Estado a graves problemas estruturais…” (grifamos).

E a dívida pública cresceu? Absurdamente! Contrariando, como menciona a própria análise, a retórica neoliberal de que a política de abertura comercial e de privatizações equilibram as contas correntes. Onde se constata tal equilíbrio nos números que vamos ver? Em 1994, a dívida pública era de R$ 1,39 bilhão; cresceu para R$6,15 bilhões em 1998 e em agosto de 1999 já ultrapassava R$ 10,6 bilhões.

"…Uma política “liberalizante” e privatizante não reequilibrou os gastos governamentais. A situação foi inversa: o Estado passou de uma situação superavitária em 1994 (R$ 6,10 milhões) para um quadro de quase completa insolvência em 1988 (R$ – 2,33 bilhões). Vamos reproduzir a tabela, publicada na mesma fonte:

ANO                    SUPERÁVIT/DÉFICIT (R$)

1994                                   6.108.320,84

1995                                -30.009.731,83

1996                             – 254.614.727,87

1997                             – 790.703.322,08

1998                          – 2.338.741.287,33

FONTE: SEFA – Balanço Geral do Estado

“…Uma das causas fundamentais do desequilíbrio fiscal do Estado estaria nas despesas com pessoal… De R$ 655 milhões, em 1994, o gasto com pessoal subiu para R$ 3,2 bilhões em 1998…Outra causa provável do déficit público estaria no excessivo gasto com publicidade, cuja cifra atingiu o valor de R$ 334,8 milhões só no período 1994-1998. O governo do Estado de São Paulo, com uma população quatro vezes maior, teria disponibilizado com propaganda apenas a metade do que havia gasto o governo paranaense (OLIVEIRA, 2001, p.91)…”

A mais cruel realidade, sobre a situação do Estado ao final do governo anterior, está expressa nas menções acima: um Estado à beira da falência, com gravíssimos problemas estruturais, sem condições de crescimento auto-sustentável, situação econômica altamente deficitária, um quadro de quase completa insolvência – esses foram os frutos amargos que Lerner semeou e que nós, cidadãos paranaenses, nestes últimos 4 anos da atual  gestão, tivemos que colher.

Então, se é para analisar a nossa economia atual, vamos fazê-lo seriamente, honestamente, mostrando como foi entregue o Estado em janeiro de 2003 e como ele está hoje. A oposição, certamente, não vai querer concordar que foi feito um belo trabalho de reconstrução, que foi juntar os pedaços, corrigir os desmanches deixados por aquele governo tecnocrata neoliberalista que em momento algum deu importância ao povo e aos empresários da terra.

A estratégia de Lerner era o desenvolvimento econômico do Estado com base no setor automotivo, que resultou em custos governamentais astronômicos: “…a economia industrial não cresceu conforme as projeções dos discursos oficiais, os empregos previstos não apareceram e o Estado endividou-se significativamente. A sorte de todos os cidadãos fora lançada para um futuro incerto. Com certeza, setores inteiros ficaram desassistidos com esse redirecionamento no regime de acumulação…efeitos nefastos” Grifamos.

Apenas para fechar este bloco, gostaria de mencionar o comentário do deputado Marcos Isfer, em audiência pública de 05/10/2005, sobre prestação de contas realizada na Assembléia Legislativa: “pelos números apresentados, a vida financeira do Paraná está bem e os limites vem sendo cumpridos, mas o que realmente preocupa, são os débitos ocasionados pela privatização do Banestado, vendido em 2000 para o Banco Itaú…Para fazer o saneamento do Banco, foi realizado um empréstimo junto ao governo federal de R$ 5.6 bilhões…” Grifamos

Aí está, Senador, se a pretensão é discutir economia, vamos abrir todo esse leque, vamos levar para o palanque um filme sem cortes. Não há como falar, por exemplo, sobre a economia paranaense de hoje, sem avaliar todo o prejuízo causado com a privatização do Banestado, cuja dívida contraída pelo governo anterior ainda assombra as nossas finanças. Não há como falar em pouco investimento neste ou naquele setor sem antes lembrar ao povo o presente que Lerner lhe deixou: um Estado falido, endividado, e com um insuportável odor de corrupção, deixado pelo governo anterior em todos os cantos desta casa…basta mencionar o escândalo nacional a que fomos expostos na CPI do banestado. Vamos levar para o palanque um filme sem cortes.

Vamos ser honestos, francos, transparentes. Quero ver se o Senhor terá a coragem de repetir agora, todas as palavras que já proferiu contra o seu atual aliado. Vamos ver se o Senhor terá a coragem de mostrar esse aliado no seu palanque, na sua propaganda política. 

Antes de falarmos sobre a importância do Banestado para a economia paranaense, se é que é preciso, gostaria de citar mais um trecho do seu discurso de 30/10/2000, para que fique muito claro que o Senhor tem pleno conhecimento do caos em que se encontravam as finanças do Estado e, principalmente, para que o povo saiba que seu discurso muda de rumo conforme os seus interesses políticos.

“…Vamos sentar em volta de uma mesa e conversar seriamente a respeito do futuro do Estado…” Isto foi lá no ano 2000. Enquanto o Senhor se senta a uma mesa e conversa, nós estamos fazendo o futuro “…Vamos conversar sobre os R$ 15 bilhões da dívida construída nestes seis anos de mandato do Governador Jaime Lerner…”  Continua conversando “…Vamos conversar sobre como podemos ajudar o Estado do Paraná a sair desse atoleiro em que S. Ex ª o colocou…”

E dê-lhe conversa “…vamos conversar sobre as denúncias que recebo diariamente, como esta…informando que  o Secretário da Fazenda do Estado do Paraná, Giovani Gionédis, … (tão incompetente que mandou o coxa para a segunda divisão)… e sua família, recebem mensalmente salários equivalentes a R$ 150 mil, destinados, a princípio, a servidores inativos; e que o pai do Secretário da Fazenda atua como procurador de contas de aposentados…” Mais conversa. O Senhor só conversa; mas, aqui, eu gostaria também de fazer uma outra pergunta: O Senhor se aliou aos corruptos, ou os corruptos se aliaram ao senhor? Sim, porque, agora, estão todos juntos fazendo a sua campanha. De novo PDT, PFL, os mesmos que quebraram o Estado, que mandaram o Estado para a Segunda divisão. Na mídia ou nos bastidores do PDT, eles estão aí. Com certeza, sentados a uma mesa e conversando.

“Arquitetando” em como assaltar o Paraná de novo. É preciso lembrar ao povo que Lerner, quando governador, pertenceu ao PDT, PFL… O Banestado possuía quase 400 agências, com uma presença muito marcante na economia paranaense. No início do PROES, 1996, o Conglomerado tinha um Patrimônio Líquido de R$ 453.987.279,20 e Ativos de R$ 6.114.220.584,68.

Sua atuação era seletiva, privilegiando o financiamento local e, portanto, com a canalização da poupança privada para projetos sociais, fomentava o desenvolvimento do Estado. Conforme já mencionado, o Governo Requião entregou o Banco ao seu sucessor, Lerner, em 1994, como o 3° mais rentável do País, o que demonstra que a gestão voltada aos programas de fomento e desenvolvimento do Estado, executada com honestidade e seriedade no mandato anterior, não foi a causa da quebradeira que se deu logo em seguida.

Com a privatização, Lerner vendeu, também, programas de financiamento à importação e exportação, fomento ao setor imobiliário, políticas de financiamento e fomento à agricultura e pecuária, carteira de crédito rural, programas direcionados aos micro e pequenos empresários. Foram mais de 70 anos de participação direta na história econômica do Estado. 700 mil correntistas, movimentando seus recursos no Paraná e para o Paraná, porque todas as captações revertiam em investimento no próprio Estado. Lerner vendeu a nossa poupança!!!!

Hoje, todas as captações realizadas anteriormente pelo Banestado, são feitas pelo Itaú, o dinheiro dorme em Brasília e, depois, vai para São Paulo. Está na hora de aplicar o dinheiro do povo do Paraná, no Estado do Paraná. Está na hora da criação da Caixa Econômica do Estado do Paraná. Somente o Senhor, Governador Requião, faria isso pelo povo paranaense, já que os demais, PDT´s, PFL´s e aliados, já nos provaram que o negócio deles é vender, privatizar, doar os patrimônios que não lhes pertencem.

Com certeza a oposição irá gritar – e a Agência de Fomento? Então vamos comparar…toda a diferença está em que as agências de fomento destinam-se  a financiar projetos na área do Estado a que pertencem, no entanto, não podem captar depósitos do público, não têm acesso a operações de redesconto do Banco Central, não podem realizar recolhimento de tributos, não lhes é permitido o financiamento de políticas públicas por meio de captação de poupança…

“O Banestado leasing, durante a década de 90, especialmente entre janeiro de 1991 a dezembro de 94, conforme indicam históricos da carteira de arrendamento mercantil da empresa, apresentou um crescimento constante de seus negócios, com a evolução de seu patrimônio e resultado, situação que se inverteu a partir de 1996, quando começaram a surtir os efeitos lesivos aos negócios efetuados entre janeiro de 1995 e julho de 1996, período da gestão de Osvaldo Luís Magalhães dos Santos, tendo o prejuízo atingido seu ápice em 1998. (Grifamos).

Houve, inclusive, alteração do patrimônio da empresa, que se tornou negativo, passivo a descoberto. O Patrimônio Líquido retornou a ser positivo apenas em 1999, em razão do saneamento efetuado pelo conglomerado Banestado, com ônus para o Governo do Paraná e, por conseguinte, para o contribuinte.” (Fonte: Relatório do BACEN – ação no Ministério Público).

Nos seus 72 anos de existência, o Banco do Estado do Paraná, além de atender ao cidadão e ao empresário paranaense, com suas centenas de agências e postos de atendimento, espalhados em todos os cantos deste Estado, através das suas carteiras comercial, imobiliária, câmbio, seguros, rural, etc., atuou como agente financeiro, administrando repasses de recursos, bem como promoveu financiamentos a programas sociais e econômicos com recursos livres e próprios.

Dentre tantos, vamos citar apenas alguns programas que tiveram a participação do BANESTADO: Programa Panela Cheia, Bom Emprego, Paraná Urbano, PRONAF, PROSAM, FINAME, FDU, Casa Familiar Rural, Projeto Gralha Azul, Paraná Olímpico e tantos outros.

No Banestado estavam concentradas todas as linhas de financiamento do Governo Estadual e federal. Como será que se sentem os paranaenses ao entrar nas agências Itaú, que ainda ontem eram do Banestado? E onde não há mais agências bancárias, fechadas pelo Itaú, como faz o cidadão paranaense? Como se sente o agricultor, o empresário ao renegociar suas dívidas com esse banco?

“…o Programa Panela Cheia tinha por objetivo financiar a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas aos produtores rurais, possibilitando a modernização da atividade…Os recursos para os financiamentos eram compostos por:

– 70% do valor do equipamento, através de linha de FINAME AGRICOLA, com garantia de alienação fiduciária equivalente a 100% do bem financiado.

– 20% do valor do equipamento, através de linha de CRÉDITO RURAL com recursos do Banestado com garantia de hipoteca cedular, e equalização dos encargos pela equivalência produto.

– 10% do valor do equipamento, através de recursos próprios do financiado…”

“…O Programa Bom Emprego destinava-se a financiar a implantação ou modernização de empreendimentos agrícolas, comerciais e industriais, com o objetivo de ampliar a oferta de empregos no Estado. A premissa básica do programa era que os empreendimentos financiados seriam beneficiados com redução dos encargos, mediante a comprovação de geração e manutenção de postos de trabalho, controlados mensalmente pelas informações do CAGED…”.

Com certeza, em momento algum Lerner pensou nos efeitos nefastos que provocariam seus atos à economia do Estado. Na verdade, o Banestado (nosso patrimônio) não foi vendido, ele foi doado ao Itaú. Lerner utilizou-se do poder para fazer cortesia com o chapéu alheio.

Vejam o tamanho da doação: A compra do Itaú incluiu também Banestado Leasing, Banestado Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários, Banestado Administradora de Cartões, Cia de Seguros Gralha Azul, Capitaliza – empresa de Capitalização, Banco Del Paraná…, além das controladas direta ou indiretamente pelas empresas… e a Paraná seguros também foi no bojo como gorjeta?

O Itaú comprou tudo isso por R$ 1.625 bilhão. O Banestado, dados iniciais, em 31.03.2000, apresentava: Ativos Totais de R$ 6.606 bilhões; Patrimônio Líquido de R$ 554 milhões; Base de Clientes 551.759; Agências e Postos Avançados 549 (30 agências em outros Estados ); Empréstimos e Financiamento Imobiliário R$ 1.607 bilhão. NÃO FOI UMA DOAÇÃO?

Tem mais… o BANESTADO apresentava créditos fiscais, não refletidos em Patrimônio Líquido , num total de R$ 1.659 bilhão. Alto nível de liquidez, representado por Disponibilidades e aplicações Financeiras que, em 30.06.00, somavam R$ 3.553 milhões. A folha de pagamento dos 183 mil funcionários públicos do Estado do Paraná vinculada por cinco anos.

“…Com este investimento o ITAÚ passa a deter importante participação no mercado do Paraná, Estado com 9,1 milhões de habitantes, com PIB (1999) de US$ 36,4 bilhões, representando a 5ª maior economia do país. A proximidade do BANESTADO ao cone Sul e a forte presença que o ITAÚ já detém na Argentina confirmam seu posicionamento estratégico…” (Fonte: Roberto Egydio Setubal – em 17/10/2000)

Algumas palavras da Sra. Tereza Grossi, Diretora de Fiscalização do Banco Central do Brasil, em 03 de outubro de 2000, Audiência Pública, referindo-se ao Banestado:

“…o que nós encontramos naquele banco foi estarrecedor mesmo, a começar por todos os levantamento feitos por ocasião da CPI dos precatórios e da área de fiscalização…”;

"…O caso específico da Banestado Leasing foi uma das piores coisas que já vi…”;

 “…Havia a participação tanto de diretores quanto de funcionários da empresa para retirar recursos. Havia até…”;

 “…O Banco não foi federalizado. A condução do processo de privatização é feita pelo próprio Estado, com a participação do Banco Central. A medida provisória do Proes dava aos Estados a opção de sanear as instituições financeiras, fazendo a sua capitalização e as provisões necessárias ou adquirindo créditos, e essa opção é exercida pelo Estado. O Estado exerceu a opção de comprar alguns créditos dentro do que estava previsto em todas as normas do Proes…”. grifamos.

Embora isso esteja claro para mim há muito tempo, é importante insistirmos em mostrar a todos os paranaenses que, a decisão de privatizar o Banestado foi de Lerner. Quebrou o Banco, endividou-o, nomeou diretores incompetentes e desonestos, e depois torrou, entregou para o Itaú, um dos maiores patrimônios paranaenses, privando o povo do seu maior instrumento propulsor da economia do Estado, condenando a nós todos a uma dívida de 30 anos e afirmando, sempre afirmando, que a privatização seria o melhor para o Estado. Será que o povo tem noção do quanto perdeu? Do quanto deixou de ganhar? Do quanto está pagando pelos atos daquele governo?

O que mais me assusta é que Lerner, a turma toda e seu partido estão tentando voltar, agora, ao governo do Estado, coligando-se ao PDT e seu candidato Osmar Dias. 

Vale a pena rememorar mais um pouco desses discursos para que o próprio povo possa fazer seu julgamento. Dias e Lerner juntos? É inacreditável!!! Mesmo porque são incontáveis os discursos em que o senador rasga todas as críticas possíveis ao ex-governador. Em 05 de dezembro de 2000, o Senador, ao fazer um entrelaçamento da corrupção da SUDAM com o processo de privatização da COPEL, declarou:

"…Fiz um pronunciamento a seguir falando da corrupção no meu Estado e de um negócio estranho que está sendo feito na privatização da Copel…Ontem,  eu denunciei que, ao comprar o Banestado, o Banco Itaú levou de graça 650 milhões de ações da Copel…o que significa que o Itaú poderá ficar com o controle acionário da Copel, porque essa ações terão de ser resgatadas até o dia 31 de dezembro, já que elas foram colocadas no Banestado para caucionar a compra pelo Governo do Paraná, do Governo Jaimer Lerner, de precatórios fraudulentos…”   grifamos.

FINALMENTE, “…Quando se fala em globalização, a corrupção parece que já está globalizada há muito mais tempo que o mercado. Porque olhem, andaram rápido, e nunca vi tanta competência para esse pessoal se juntar. Parece que esse pessoal que tem vocação para a corrupção consegue uma aproximação rápida e eficiente, e faz negócios fantásticos, como o que a COPEL está fazendo no norte do País…O Governador Jaime Lerner, infelizmente, está se caracterizando por deixar a marca da destruição no meu Estado, lamentavelmente”  grifamos.

E aqui, ao transcrevermos esse trecho, é fundamental perguntarmos ao Senador: A JUNTADA DE LERNER E COMPANHIA À SUA CAMPANHA É MAIS UM DESSES CASOS AO QUAL O SR. SE REFERIU EM SEU DISCURSO ? UMA APROXIMAÇÃO RÁPIDA E EFICIENTE DO PESSOAL QUE TEM A VOCAÇÃO PARA A CORRUPÇÃO? VAMOS ENTÃO RASGAR TODOS AQUELES DISCURSOS CONTRA A CORRUPÇÃO, PORQUE O SR. NÃO IRÁ QUERER DISCURSAR CONTRA SEUS COMPANHEIROS.

Afinal, em copa do mundo de neoliberalista a final sempre será França X Itália. Porque a equipe que eles escalam para o jogo, não traz a vitória para o povo. Antes de concluir essas considerações, gostaria de mencionar, Sr. Governador, um pequeno trecho de conversa que tivemos neste dia com o destemido e idealista Delegado Castilho, que num ato de muita coragem, rebelando-se contra a sua própria instituição, levou adiante as investigações das contas CC5, provocando a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – CPMI, do Banestado, no Congresso Nacional:

“…no período de 1996  a 1999, foram desviados, irregularmente, para o exterior, através das contas CC5 do Banco do Estado do Paraná, mais de US$ 30 bilhões, o que, com certeza, constitui-se no maior crime financeiro de todos os tempos da história brasileira e, quiçá, do mundo…; …após a descoberta da fraude, envolvendo o Banestado, o grande incentivo para o prosseguimento dos trabalhos veio de alguns poucos membros do Ministério Público Federal, bem como do Governador Sr. Roberto Requião…” José Francisco de Castilho Neto. Delegado da Polícia Federal e principal responsável pelas investigações do BANESTADO no exterior.

Alguém quer a volta da administração da quadrilha Lerner de novo?

ASSOCIAÇÃO DOS EX-FUNCIONÁRIOS DO BANESTADO