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Universidade desenvolve roupa e capa para profissionais no combate ao coronavírus no Paraná

Pesquisadores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) criaram trajes especiais, de baixo custo, para o combate ao novo coronavírus. Os projetos foram desenvolvidos no laboratório de engenharia elétrica, em Curitiba.

Segundo o mestrando em engenharia biomédica Fernando Contador, uma das pesquisas criou um uniforme para as forças de segurança do Paraná. A roupa poderá ser utilizada em casos extremos no combate à Covid-19.

“Essas roupas seriam utilizadas em uma situação mais crítica do coronavírus em que, possivelmente, policiais e bombeiros tenham que pegar pessoas em óbito nas suas residências ou em hospitais.”

O uniforme foi desenvolvido a pedido da Polícia Militar (PM) e também conta com luvas, botas, touca e máscara. Além disso, os trajes têm bolsos nas calças para o descarte das máscaras utilizadas pelos profissionais.

Profissionais da saúde

De acordo com o professor Rubens Alexandre de Faria, a outra pesquisa foi desenvolvida pensando nos profissionais da saúde e nos familiares deles.

O traje é como uma capa protetora que utiliza ozônio para desinfetar as roupas do trabalhador.

“O profissional de saúde vai entrar em uma UTI, vai se contaminar e levar isso para casa. A ideia é que o profissional faça toda a operação dele dentro da UTI, dentro do hospital e depois coloque a roupa dele, use o traje por três minutos e, depois, vá para casa desinfetado.”

O gerador de ozônio faz a roupa e o que estiver dentro dela inflar, assim, elimina o coronavírus.

Os projetos também contam com pesquisadores de Toledo, no oeste do Paraná, e de Pato Branco, do sudoeste.

Cada uniforme dos profissionais de segurança custam R$ 5,00, e o custo da capa protetora de desinfecção é de R$ 60,00.

O mais caro do projeto com a capa é o equipamento que libera o ozônio, pois precisa de peças importadas e que estão em falta no mercado. Por isso, o objetivo do laboratório agora é desenvolver essas peças.

“A partir do momento em que a gente conseguir desenvolver uma tecnologia nacional, até da cerâmica que faz a geração do campo elétrico, vai cair o preço do gerador de ozônio.”