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TRE de São Paulo recomenda reprovação das contas de Rosangela Moro

O inferno astral da família Moro parece não ter fim. Depois do senador eleito Sergio Moro ter sua prestação de contas eleitorias reprovada por três vezes pelo TRE do Paraná, agora é a vez do TRE de São Paulo reprovar as contas da campanha da deputada eleita Rosangela Moro, esposa do ex-juiz.

Entre as falhas indicadas no parecer técnico emitido pelo TRE paulista estão gastos com combustíveis para veículos aos quais não foi possível identificar se estavam ou não servindo a campanha; despesas com fornecedores que tem inconsistências fiscais; e gastos que não passaram pela conta bancária da campanha.
O documento, que tem 21 páginas, aponta que já havia sido solicitado à campanha de Rosangela que apresentasse esclarecimentos e provas complementares em relação a apontamentos feitos anteriormente em um relatório preliminar.
A campanha apresentou explicações, porém, nem todas foram consideradas válidas pela área técnica. “Em conclusão, considerando que as falhas apontadas comprometem a regularidade das contas prestadas, manifesta-se esta Unidade Técnica pela sua desaprovação”, discorre o documento.
O TRE-SP indica que Rosangela terá que devolver R$ 853.953,30 ao Tesouro Nacional por gastos eleitorais irregulares pagos com dinheiro do Fundo Partidário. Também caberá a devolução de outros R$ 6.845,00 por recursos “de origem não identificada”, mais R$ 17.582,91 por impulsionamento de conteúdo na internet, além da devolução de mais R$ 1.089.018,01 por “gastos eleitorais irregulares pagos com recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha”. Todos os valores deverão ser devolvidos ao Tesouro Nacional.
O documento foi assinado pelos analistas judiciários Alessandra Kormann e Evandro Luís Marques de Almeida, pelo técnico judiciário Raéder Rodrigo Porcaro Puliesi e Vera Lúcia Guerreiro Annes, chefe da Seção de Contas Eleitorais. Ainda é necessário aguardar o julgamento da prestação de contas na Corte Regional Eleitoral.
Apesar da desaprovação das contas, o documento do TRE-SP não impede que a diplomação de Rosangela seja realizada — a deputada federal eleita recebeu 217.170 votos nas eleições.

Fonte:HojePr