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Trabalhadores e comerciantes paraguaios fazem manifestação pedindo a reabertura da Ponte da Amizade

Health workers take part in a protest to demand the government to comply with the requests for medical supplies and materials within the coronavirus pandemic, as well as better hospital conditions for those infected with COVID-19, in Asuncion, on July 23, 2020. (Photo by NORBERTO DUARTE / AFP)


Comerciantes e trabalhadores de de Ciudad del Este se manifestaram neste sábado, para
exigir das autoridades governamentais que autorizem o avanço de fases e reabram a Ponte
da Amizade.

Segundo os organizadores, a manifestação foi convocada em “resistência ao abandono do governo”,reivindicar um posto de saúde na ponte, definir o nível de contágio para reabertura da ponte e, principalmente, definir fases ou um protocolo de abertura para todos, e não apenas para os grandes importadores.

A comericante Maricel Antonia Barrios, que participou da manifestação, disse que ninguém
é contra as medidas para evitar o avanço da pandemia de coronavírus.

“Cada um de nós vai se cuidar, ninguém é contra o que está acontecendo, mas a Ponte (da
Amizade) tem que ser aberta”, disse a comerciante.


“As pessoas estão morrendo, não de covid, mas morrendo pelas dívidas que têm”, acrescentou.

O empresáro Iván Airaldi lembrou que 45 mil pessoas perderam seus empregos em Alto
Paraná (a capital é Ciudad del Este) devido às restrições impostas pela quarentena
sanitária.


“Temos que forçar o diálogo com o governo. É inadmissível que continuemos nestas
condições. O povo está cansado, egotado”, disse.
Ele se queixou que, enquanto os comércios formais foram afetados pela situação, o
contrando ganhou força e não há ações governamentais para coibir.

Disse, ainda, que “as fronteiras do Paraguai estão com muitíssimos problemas, estão
sangrando e o governo não tem planos para uma solução. As micro e pequenas empresas
estão em crise, 70% delas estão a ponto de falir e no Leste do país temos uns 10% que não
vão reabrir”, lamentou o empresário.

A reivindicação inclui um teste massivo de covid-19. Eles recordam que uma empresa doou
US$ 200 mil para um laboratório com capacidade de 500 testes por dia, mas o Ministério de Saúde Pública só entrega 100 kits de testes diariamente.


De acordo com as informações repassadas pelos manifestantes ao Jornal última Hora, 70 mil moradores de Alto Paraná não contam com nenhum recurso e que apenas 14% das pequenas empresas receberam algum tipo de empréstimo do governo.


Comerciantes, trabalhadores em Ciudad del Leste estão angustiadas e sem esperança de trabalho porque ainda não há um plano de reabertura da ponte.