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Suspeito de desviar 822 mil reais, prefeito de São José dos Pinhais é fastado

De acordo com as investigações, homem falsificava documentos para conseguir transferências de dinheiro público para contas de familiares; ele também teve bens bloqueados.

A Prefeitura de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, afastou um funcionário suspeito de desviar R$ 822 mil, em dinheiro público, dos cofres municipais. As informações são do G1.

Segundo a prefeitura, o assistente administrativo Claudio Gonçalves de Oliveira falsificava documentos para conseguir transferências de dinheiro da conta da prefeitura para a conta de parentes.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) e a Polícia Federal (PF) investigam o caso. De acordo com as investigações, os desvios ocorreram na Secretaria Municipal de Finanças. O funcionário tem quase 30 anos de serviços prestados à prefeitura.

As investigações apontaram que o homem forjou ordens de pagamentos e transferiu dinheiro da prefeitura para familiares próximos. Os desvios foram identificados no período entre 2012 e 2020, segundo cálculo da Procuradoria-Geral do município.

A última transferência, que é a de maior montante, conforme a prefeitura, foi feita em janeiro deste ano, de R$ 113 mil.

“Pode ser que essas operações ocorreram há mais tempo. Por isso que as investigações internas ainda não se encerraram”, disse o procurador-geral Ariston Ghidin.

Ainda conforme a investigação, o servidor entregava no banco, junto com centenas de documentos originais, um ofício falsificado, em que solicitava pagamento, em nome do município, para as contas de familiares.

Em um dos documentos falsos, o homem pede depósito de quase R$ 43 mil na conta de uma parente. A assinatura da diretora do departamento financeiro, segundo o município, foi falsificada, e foi ela quem descobriu a fraude.

A Procuradoria-Geral do município entrou na Justiça solicitando o bloqueio de bens do servidor e dos familiares envolvidos no caso. A Vara da Fazenda Pública de São José dos Pinhais determinou o bloqueio de bens, no valor de R$ 822 mil.

A prefeitura informou que ainda não sabe o tamanho do rombo e se outras pessoas participaram do esquema.

A defesa de Claudio Gonçalves de Oliveira informou que se reserva ao direito de manifestar-se somente nos autos do processo.