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SOROTIUK REFORÇA HISTÓRIA DE CAVALEIRO NEGRO, O SCHINDLER SUECO, NA DITADURA DO CHILE

Amigos: No período de 13 de setembro de 1973 a fins de outubro quando fui prisioneiro do Estádio Nacional no Chile encontrei-me uma vez com o Embaixador Harald Edelstam. Nas minhas prisões anteriores, na última de 2 anos e dez meses, tive acesso à literatura digamos carcerária: o Livro de Fuchik, Memórias do Cárcere de Gramsci, sobre o Campo de Concentração Treblinka, etc.

Aprendi que o algoz para manter o preso necessita também administrar a permanência e tem que dar atividades aos prisioneiros; os prisioneiros por seu turno sempre utilizaram essa oportunidade para comunicação e para organização de fugas ou rebeliões.

Por isso quando os militares pediram um datilógrafo para fazer as listas de presos no Estádio Nacional me prontifiquei. As listas eram datilografada em 4 vias. Mas eu fazia em 5 vias e guardava uma. Em um dia em que o Embaixador Harald Edelstam veio ao Estádio Nacional falei com ele das listas e em seguida encontramos uma maneira para ele apanhá-las e levá-las consigo.

de Vitório Sorotiuk ao comentar o filme The Black Pimpernel (O Cavaleiro Negro), do diretor sueco Ulf Hultberg, retrata a história de Harald Edelstam, o embaixador sueco que, segundo estimativas baseadas em relatos de testemunhas, teria salvo mais de 1,3 mil pessoas da prisão ou da morte, incluindo brasileiros, nos meses que se seguiram ao golpe militar de 11 de setembro de 1973 no Chile.

Leia mais sobre o filme aqui.