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Ricardo Barros deixa governo para disputar presidência da Fiep

Por Roger Pereira, em O Estado do Paraná:

O secretário estadual de Indústria e Comércio, Ricardo Barros (PP), se licenciou do cargo nesta terça-feira. Seu afastamento foi comunicado nesta tarde pelo presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB). Barros irá se dedicar à campanha para a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), cuja eleição está marcada para o dia 3 de agosto. O ex-secretário também deixou a presidência do PP, que será presidido pelo deputado federal Nelson Meurer.

Como candidato de oposição, o ex-secretário enfrentará o atual vice-presidente da Federação, Edson Luiz Campagnolo, indicado pelo atual presidente, Rodrigo Rocha Loures, para sucedê-lo.

A eleição na Fiep foi parar na Justiça no ano passado, quando o presidente da Federação, Rodrigo Rocha Loures, estabeleceu prazo para registro de candidaturas até o final do ano (28 de dezembro) pelo edital e encerrou as atividades da Federação, no ano, estabelecendo recesso até janeiro, no dia 17, o que dificultou o registro de candidaturas de oposição.

Na Justiça, alguns sindicatos filiados à Fiep e ligados a Barros, que já naquele período, antes mesmo de ser nomeado secretário, já manifestava interesse em disputar a presidência da entidade, conseguiu a anulação do prazo e as candidaturas podem ser registradas até 30 dias antes da eleição, prazo que esgota-se nesta semana.

Apesar de articular sua candidatura desde que perdeu a eleição para o Senado no ano passado, Barros confirmava participação no processo mas negava ser candidato, informando estar trabalhando para a criação de uma candidatura de consenso.

Vice-líder do governo do ex-presidente Lula na Câmara Federal, Barros trocou de lado na campanha eleitoral ao apoiar e disputar o Senado na chapa de Beto Richa (PSDB). Como contrapartida, conseguiu uma secretaria no governo tucano. E não havia posto melhor para ocupar. Nomeado secretário de Estado exatamente na pasta que mais se relaciona com os empresários eleitores da Fiep, Barros teve seis meses para entrar em contato direto com seus futuros eleitores e tomar medidas que o tornassem mais bem visto pelo empresariado paranaense.