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Reunião na Copel debate fim da operação da termelétrica de Figueira

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) busca uma solução que permita o funcionamento da Usina Termelétrica de Figueira. Nesta quarta-feira, 24, junto com o prefeito José Carlos Contiero (PSL) e vereadores da cidade, Romanelli conversou com diretores da Copel em Curitiba sobre o fim das operações da unidade, cuja concessão foi devolvida para a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

“O fechamento da usina traz um grande impacto a Figueira e estamos buscando uma solução que permita a manutenção do funcionamento da termelétrica. A operação da usina contribui com a economia e com os empregos da cidade e da região”, disse Romanelli. Ele também ressaltou que a unidade foi modernizada recentemente. “Foi feito um grande investimento para que a usina possa seguir produzindo energia”, lembrou.

De acordo com o prefeito, dezenas de trabalhadores de Figueira estão sendo desligados de seus empregos em razão do encerramento da operação da usina, principalmente na empresa que fornece o carvão para o funcionamento do sistema de geração. “Toda a cidade está sofrendo com esta decisão e estamos buscando um encaminhamento positivo para a usina”, afirmou Contiero.

Segundo Romanelli, a discussão do tema deve se concentrar no governo federal. Ele ressaltou que o deputado federal Pedro Lupion (PP) já vem tratando do assunto. A principal reivindicação é que o Ministério de Minas e Energia promova a oferta da concessão a outros investidores o mais breve possível. Além disso, o Senado deve aprovar o projeto de 11.247/18, que garante estímulos econômicos e a extensão dos contratos de fornecimento de energia por usinas à carvão até 2050.

Redução de emissões – A Copel informou que a concessão foi devolvida em razão dos compromissos da empresa para a “neutralização das emissões de carbono e atendimento de metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), prioritários do setor elétrico brasileiro, assim como a diretriz de descarbonização da matriz de geração do grupo”.

De acordo com Moacir Bertol, diretor-geral de Geração e Transmissão da Copel, a descontinuidade da Usina de Figueira havia sido informada ao mercado no início de 2023 e o governo federal foi oficialmente comunicado em setembro passado, em ofício encaminhado ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele disse que a termelétrica está sendo entregue em perfeitas condições para que um novo investidor possa dar sequência ao processo de geração.

Em operação desde 1963, a Termelétrica Figueira teve a capacidade de geração ampliada de 10,3 megawatts médios para quase 20 megawatts médios após a modernização recente dos equipamentos. O processo de ampliação da capacidade foi realizado sem a necessidade de aumentar o volume de carvão consumido.