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Resposta a calúnias do Jornal do Brasil

O embaixador cubano, Pedro Núñez Mosquera, respondeu hoje, 28 de fevereiro, com uma enérgica carta a tergiversações sobre a realidade da Ilha publicadas nos últimos dias pelo Jornal do Brasil. Na missiva oficial dirigida a Augusto Nunes, diretor de redação desse jornal, o diplomata declara ter lido com surpresa os trabalhos publicados desde o domingo por Clara Cavour. No texto, divulgado pela agência Prensa Latina, o embaixador lembra que em outras ocasiões, o JB se tinha referido a seu país com certa objetividade. Assinala que,contudo, estes artigos estão eivados de falsidades, insinuações, manipulações e má vontade. Trecho da matéria enviado pelo leitor Jorge Samy Manica, do grupo Amigos 25 Anos. Leia sua íntegra em Reportagens.

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Resposta a calúnias do Jornal do Brasil

Resposta a calúnias do Jornal do Brasil

O embaixador cubano, Pedro Núñez Mosquera, respondeu hoje, 28 de fevereiro, com uma enérgica carta a tergiversações sobre a realidade da Ilha publicadas nos últimos dias pelo Jornal do Brasil.

Na missiva oficial dirigida a Augusto Nunes, diretor de redação desse jornal, o diplomata declara ter lido com surpresa os trabalhos publicados desde o domingo por Clara Cavour.

No texto, divulgado pela agência Prensa Latina, o embaixador lembra que em outras ocasiões, o JB se tinha referido a seu país com certa objetividade. Assinala que,contudo, estes artigos estão eivados de falsidades, insinuações, manipulações e má vontade.

Comenta que não é de se estranhar a publicação de artigos desse tipo, porque o governo dos EUA dispôs de US$ 80 milhões para financiar uma campanha de mentiras, manipulações e descrédito contra Cuba, sobretudo na América Latina.

Núñez Mosquera afirma que tampouco é casual, pois faltam poucos dias para a visita de Bush ao Brasil.

Esclarece que Cuba sofre (e disso não se fala no artigo de Cavour) um criminoso bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA que já custou ao povo cubano mais de US$ 86 bilhões. É uma permanente política de hostilidade e agressões por parte da superpotência de nossos dias como a introdução deliberada de enfermidades contra as pessoas, os animais e as plantações, causando inumeráveis perdas.

Lembra que as ações terroristas perpetradas pelos EUA já custaram a Cuba mais de cinco mil vítimas entre mortos e feridos.

Evoca que: "O que Cuba sofre, e disso tampouco fala o JB,é ter cinco filhos seus presos injustamente em cárceres dos EUA por lutarem contra o terrorismo".

Na carta ao diário, o embaixador recorda que Cuba não tem crianças pedindo esmolas nas ruas, nem trabalho infantil de menores obrigados a exercê-lo, às vezes, em condições de escravos, para poder ajudar no sustento familiar.

Lembra também que Cuba não tem crianças que morrem de doenças curáveis, ou que não podem ir à escola, nem pessoas analfabetas nem famintas, nem mães e pais desesperados pela miséria.

Esclarece que tem é muita dignidade e inteireza, recordando que seu PIB foi o de maior crescimento na
América Latina em 2006 (12,5%).

Aponta que a população cubana vive com dignidade e recebeu nesse mesmo ano 29 milhões de utensílios e equipamentos eletrodomésticos como parte de um programa integral de poupança de energia.

Assinala que Cuba tem 110 mil novas moradias para a população, construídas no ano passado, uma taxa de alfabetização de 99,8%, um sistema educacional com 88.049 computadores, dos quais, 34.846 com acesso à internet e utilizados por 2.482.862 estudantes.

Recorda também ao JB que Cuba tem 800 mil pessoas com formação superior, 8 mil doutores e esclarece que nas 67 universidades cubanas a matrícula atual é de 606.300 estudantes.

Núñez Mosquera informa que o sistema de saúde conta com 70.594 médicos, 10.554 estomatologistas, 2.753 enfermeiras e 94.286 técnicos e auxiliares para 11,2 milhões de habitantes. Indica que, como resultado dessas cifras, o país conseguiu reduzir a mortalidade infantil a 5,3 por mil nascidos vivos e incrementar a esperança de vida a 77,6 anos para os homens e 78,97 para as mulheres.

"O que Cuba tem, senhor diretor de redação, é um comandante-em-chefe que encarna a dignidade, inteireza, valentia e espírito de resistência de seu povo, frente às agressões do império, às ameaças do imperador e às falsidades e manipulações de jornalistas mercenários", destaca a carta. Recorda que o corajoso e solidário povo cubano trabalha para desenvolver um sistema de justiça social que garanta a dignidade plena para todos.

Assegura que o povo cubano enviou mais de 30 mil de seus filhos para levarem saúde e esperança de vida a mais de 100 países do mundo e soube acolher, como seus próprios filhos, mais de 20 mil jovens de todo o mundo, gratuitamente, em suas universidades.

Núñez Mosquera termina solicitando que seja publicado integralmente o texto dessa carta para benefício dos leitores do JB.

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