Em seu comentário para as emissoras de rádio, nesta quinta-feira, 25, o senador Roberto Requião disse que o esforço das potencias ocidentais para acabar com o domínio de 42 anos de Muamar Kadafi sobre a Líbia tem claros interesses econômicos e geopolíticos e que “luta pela liberdade e democracia” é um pretexto que não se sustenta.
Requião lembrou que, para obter contratos de exploração de minérios e petróleo, os países ocidentais que formam a Aliança do Atlântico Norte, a OTAN, chegaram a perdoar Kadafi por alegados atentados terrorista, entre eles a derrubada de um avião da Pan Am, na Escócia, com a morte de 270 pessoas. Até mesmo o homem acusado de ter colocado a bomba no avião foi libertado pelos ingleses.
Para o senador, “libertada” de Kadafi, Líbia será partilhada entre os conquistadores. Requião lembrou o Brasil também já esteve perto de intervenções desse tipo, como nas crises de 1961 e 1964, quando a IV Frota dos Estados Unidos rondou as costas do país. Hoje, disse o senador, a democracia reinante no país nos garante contra os interesses intervencionistas dos negociantes.
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