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Requião quer criar um Banestado nos moldes da Caixa

De Pedro Ribeiro, no Documento Reservado

Bem, como todos sabem e, nesse caso, até o presidente Lula, a morte do Banestado foi traumática para o Estado do Paraná que amargou enormes prejuízos e até hoje a situação ainda não foi resolvida. Escândalos, desvios de dinheiro, corrupção, prisões e a venda da instituição por um preço bem abaixo do que o real resultaram, até agora, no saldo preliminar daquele que já foi orgulho dos paranaenses. O Itaú pagou cerca de R$ 1,4 bilhão e herdou um crédito tributário de R$ 1,8 bilhão, enquanto que o Estado se endividou em mais de R$ 5 bilhões. Agora o governador e candidato à reeleição, Roberto Requião, quer abrir um novo banco público no Paraná e sustenta que sua proposta não se trata de uma simples promessa, mas de um sonho que acalenta há muito tempo.

"Este sonho é o ressurgimento de um banco público no Paraná, uma Caixa Econômica que funcionaria como nosso Banestado. Já temos uma lei da Assembléia que autoriza a abertura, e isso depende do entendimento com as autoridades do Banco Central”, afirmou Requião. O governador não poderia escolher melhor lugar para dar esta notícia: em um café da manhã com funcionários aposentados do extinto banco paranaense, comprado pelo Itaú em dezembro de 2000. A afirmação de Requião foi o desfecho de um discurso focado na defesa das empresas públicas do Paraná e do Brasil. O candidato da Coligação Paraná Forte criticou o processo de privatização do Banestado, a venda de ações da Sanepar para um grupo francês, a tentativa da venda da Copel e o leilão da Vale do Rio Doce.