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Refis das micro e pequenas empresas pode retomar crescimento, diz Kaefer

Já está em vigor a lei complementar que institui o Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional (Pert-SN). Dessa forma, os empreendedores paranaenses já podem ser beneficiados pelo programa de refinanciamento. Mais conhecida como Refis, a nova lei permite que micro e pequenas empresas parcelem débitos tributários com condições facilitadas e descontos em multas e em encargos legais. As informações são de Cintia Moreira na Agência Rádio Brasil.

O projeto havia sido aprovado pelo Senado Federal no fim do ano passado e vetado na íntegra pelo presidente Michel Temer. Mas, recentemente, o Congresso Nacional derrubou o veto, após reivindicação de entidades ligadas ao setor.

Segundo o deputado Alfredo Kaefer, do PP paranaense, a aprovação do Refis para as micro e pequenas empresas representa um grande avanço para o desenvolvimento do país.

“De fato, foi muito importante a aprovação do Refis das micro e pequenas empresas. São milhares de pequenos e médios negócios que estavam inadimplentes perante ao Fisco e, com a absoluta certeza, não por vontade própria, mas por conta de uma grande crise econômica, financeira, que se instalou no país. É um grande trabalho, nós prestamos um grande serviço ao país, ao desenvolvimento econômico”, afirmou o deputado.

A nova lei abrange débitos vencidos até novembro de 2017 e exige pagamento de, no mínimo, 5% do valor da dívida, sem descontos, em até cinco parcelas mensais e sucessivas. O restante poderá ser quitado em até 175 parcelas, com redução de 50% dos juros, 25% das multas e 100% dos encargos legais. Para menos parcelas, o texto permite descontos maiores.

De acordo com dados da Receita Federal, o valor da dívida das empresas do Paraná inscritas no Simples Nacional, já está em quase um bilhão e 730 milhões de reais.

Relembre

Em janeiro deste ano, o presidente Michel Temer vetou o texto na íntegra e explicou que agiu dessa forma porque não havia previsão do impacto orçamentário desse refinanciamento. De acordo com ele, a sanção da lei implicaria em crime de responsabilidade. Ao mesmo tempo, o presidente se mostrou satisfeito com a derrubada do veto.

“Para nós todos, foi muito tormentoso que não pudéssemos, num primeiro momento, sancionar logo esta matéria. Começamos a testar armas de como colaborar para a derrubada do veto. No instante em que o veto fosse examinado, que o governo, pela sua voz, sua liderança, também propusesse a derrubada do veto”, disse o presidente tempos depois.

Na época, o então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo apoiar a derrubada do próprio veto faz parte de um processo normal de negociação democrática.

“É importante mencionar que, dependendo do andamento do processo, o efeito só se daria no próximo ano”, ponderou o agora ex-ministro.

O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, comemorou a derrubada dos vetos. Também disse que vinha conversando sobre o assunto com o presidente Temer desde o ano passado e ressaltou os benefícios para o setor que, segundo ele, é o principal gerador de empregos no país.

“É uma modalidade que permite lhes dar fôlego para poder quitar compromissos. O pequeno quer pagar, não quer deixar de pagar. A pequena empresa é o sinônimo da geração de emprego e renda”, enfatizou Afif.