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Ratinho Junior (PSD) no Meio-Dia Paraná: ‘Em menos de seis ou oito meses, a gente consegue normalizar a fila’ de cirurgias eletivas

Em entrevista ao Meio-Dia Paraná nesta quinta-feira (15), o candidato ao Governo do Paraná Ratinho Junior (PSD) afirmou que pretende “normalizar” a fila de espera por cirurgias eletivas no estado, em cerca de seis ou oito meses.

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Paraná possui cerca de 300 mil cirurgias eletivas, de diversas especialidades, em espera.

“Fila nunca acaba. Você tem, todo dia, gente precisando fazer cirurgia. Mas, em menos de seis ou oito meses, a gente consegue normalizar essa fila”, afirmou o candidato.

Durante a pandemia da Covid-19, os procedimentos chegaram a ser suspensos para aliviar o sistema público de saúde diante da grande demanda por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Com a melhora dos índices da pandemia, este tipo de cirurgia voltou a ser liberado, mas com uma estimativa de que 120 mil procedimentos deixaram de ser feitos no período, segundo a própria secretaria.

Quando questionado de que forma haveria essa “normalização”, o candidato destacou a realização de mutirões de saúde e disse que pretende aplicar mais investimentos na área.

“Eu acredito que, com o trabalho que estamos fazendo em parceria com os hospitais, com as entidades filantrópicas e com os investimentos que estamos fazendo de R$ 150 milhões, e nesse segundo semestre vamos dar um complemento para fortalecer esse programa, eu tenho certeza de que rapidamente vamos conseguir colocar essa fila em ordem”, afirmou.

Ratinho Junior foi questionado sobre a terceirização e a contratação de temporários entre os funcionários das escolas estaduais, como inspetores, merendeiras, e outras funções.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed), em 2019, o Paraná gastou R$ 314 milhões com contratações diretas de funcionários das escolas por Processo Seletivo Simplificado (PSS).

Atualmente, também conforme a Seed, o governo tem 37 contratos em vigor com 15 empresas ao custo de R$ 532 milhões.

O candidato defendeu o modelo de contratação por PSS e disse que é necessário considerar não somente os valores do cálculo da contratação momentânea, mas também os custos de ações trabalhistas para buscar o que chamou de “eficiência da máquina pública”.

Ele também citou também o exemplo da terceirização de profissionais para o cuidado com os pátios do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR).

“Quando você faz esse cálculo do que acontece de ação trabalhista, desses funcionários que, muitas vezes, acabam tendo atestado e não conseguem repor essa falta por algum atestado médico e assim por diante, quando você junta tudo isso você consegue ver que a contratação de uma empresa terceirizada tem avanço”, disse.

Na área de segurança pública, Ratinho Junior falou sobre a implantação de câmeras nos veículos e fardas das equipes da Polícia Militar (PM).

O candidato disse que essa é uma iniciativa que está em planejamento por parte do governo atual e que deve ocorrer de forma ampla no ano que vem.

“Isso já está planejado no orçamento da Polícia Militar para que a gente possa, no ano que vem, fazer a licitação da contratação. Porque não é qualquer tipo de câmera, é uma câmera especial. Ela tem que gravar 24 horas e armazenar isso uma semana. Então, você tem todo um equipamento de software, de inteligência, que vai atrás desses equipamentos que vão junto com os policiais”, afirmou o candidato.

Ratinho Junior aparece em primeiro lugar nas intenções de voto no primeiro turno, com 46%, de acordo com pesquisa Ipec divulgada em 23 de agosto. O levantamento mostra que o segundo colocado é Roberto Requião (PT), com 24%, seguido por Professora Angela (PSOL), com 2%, e Professor Ivan (PSTU), também com 2%.

Fonte:G1/Foto: Giuliano Gomes/PRPress