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Quatro partidos querem impedir a polarização entre Beto e Gleisi

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por Katna Baran, na Gazeta do Povo

Enquanto os holofotes da política estadual giram em torno da indefinição do PMDB em lançar candidato ao governo do Paraná e do inevitável embate entre Gleisi Hoffmann (PT) e Beto Richa (PSDB), outros quatro políticos paranaenses já estão organizando suas pré-campanhas para tentar conquistar o Palácio Iguaçu.

O ex-prefeito de Maringá Silvio Barros (PHS), o empresário Joel Malucelli (PSD), a deputada federal Rosane Ferreira (PV) e o assistente administrativo Bernardo Pilotto (PSol) são os prováveis nomes que os eleitores também devem encontrar nas urnas em outubro.

Barros diz que recebeu o convite de várias lideranças políticas do estado que pretendem oferecer “um voto alternativo” aos que não se sentem à vontade diante da polarização PT-PSDB. Segundo o ex-prefeito, porém, o PHS só entrará na disputa se conseguir formar alianças partidárias.

“Não vamos entrar em uma aventura. Não interessa uma campanha de 15 segundos no horário eleitoral [tempo a que o PHS, sozinho, tem direito na propaganda de rádio e tevê].” Barros ainda afirma que pretende propor uma nova forma de administrar o Paraná: “Queremos direcionar o debate eleitoral para um modelo de gestão diferente”.

O empresário Joel Ma­­lucelli também pretende se apresentar como uma “terceira via”, com ideias novas para o estado. “Tenho uma dívida com o Paraná. Se eu puder ajudar o estado, não vou me negar. É um projeto que está surgindo e com o qual eu espero colaborar”, diz Malucelli. Com experiência política apenas na mobilização partidária, o empresário diz que quer levar sua bagagem na iniciativa privada para a gestão pública. “Estou muito entusiasmado com essa ideia.”

Tanto Malucelli como Barros afirmam que uma definição sobre suas possíveis candidaturas deve sair até março.

Mais jovem

Se confirmar a candidatura, o funcionário do Hospital de Clínicas de Curitiba Bernardo Pilotto, que completa 30 anos em fevereiro, deve ser o mais jovem na disputa pelo Palácio Iguaçu. “Tem que haver uma voz diferente na eleição”, diz o militante do PSol, partido de esquerda. “A maior parte dos candidatos coloca propostas muito parecidas. Ao invés de ficarem discutindo o preço do pedágio, é preciso ter alguém que fale: ‘Não queremos pedágio’.”

Pilotto afirma que o partido só vai discutir alianças com o PSTU e PCB, legendas também de esquerda. E que, mesmo sem apoio das demais siglas, o PSol deve entrar na campanha com candidato próprio.

A Gazeta do Povo tentou entrar em contato com a deputada federal Rosane Ferreira (PV), que já lançou sua pré-candidatura ao governo paranaense. Mas a reportagem foi informada pela assessoria de Rosane de que ela está viajando em férias e não poderia atender às ligações.

Nos bastidores, especula-se que o PV lançará candidato ao governo do estado em uma chapa pura, como ocorreu em 2010 – quando o atual presidente da Câmara de Curitiba, Paulo Salamuni, foi o candidato do partido ao governo estadual.