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Prorrogar contrato não é consenso entre as concessionárias, diz Gazeta do Povo

A tese apresentada pelo Governo do Estado, de prorrogar de 10 a 15 anos o contrato do pedágio nas rodovias do Paraná em troca da redução de 20% a 30% do valor da tarifa, não é consenso entre as seis concessionárias.

A informação é do jornalista Celso Nascimento, numa trinca de notas penduradas em sua coluna nesta sexta-feira (27) no jornal Gazeta do Povo.

A questão de como o Governo do Estado de tratar as negociações com as pedageiras no Paraná é tema da enquete do blog esta semana.

A seguir a íntegra das notas:

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Complicado 1
A tese defendida pelo governo do estado de que pode baixar as tarifas de pedágio se prorrogar os contratos com as concessionárias não obtém consenso nem mesmo entre as empresas. Segundo fontes credenciadas, é claro que as empresas são favoráveis à extensão dos prazos e, até, estariam dispostas a reduzir suas taxas de lucro para viabilizar o interesse do governo de diminuir as tarifas, mas veem com certo pessimismo a possibilidade de êxito dessa fórmula.

Complicado 2
Segundo as mesmas fontes, o pessimismo tem origem técnica e de difícil equacionamento. Lembram que são seis as concessionárias que operam os 2.500 km de estradas pedagiadas. Cada uma das quais apresenta realidades e demandas que lhes são peculiares. Portanto, as negociações deverão se desenvolver separadamente, com cada uma. Assim, a eventual prorrogação de 10 ou 15 anos para uma determinada empresa poderá não ser interessante para outra.

Complicado 3
Outra razão para o pessimismo das pedageiras: até agora, passados cinco meses de governo, não lhes foi apresentada nenhuma proposta concreta. Houve tão somente o acordo de suspensão temporária das ações judiciais, mas não foram realizados estudos técnicos nem definidas as obras que o governo quer antecipar. “Desse jeito – disse a fonte – não dá para dizer que a negociação já tenha se iniciado.”