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Primeiro transplante de pulmão do Paraná

O pedreiro Reinaldo Ferreira de Goes, de 57 anos, recebeu o primeiro transplante de pulmão do Paraná, de acordo com a Central Estadual de Transplantes do Paraná (CET-PR).

A cirurgia aconteceu na terça-feira (17), no Hospital Angelina Caron, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.

Reinaldo, que mora na Lapa, também na região metropolitana, aguardava desde 2017 por um transplante, quando foi diagnosticado com um enfisema pulmonar.

“Desde então ele teve que parar de trabalhar. Ficamos nós dois em casa. Ele com o tubo de oxigênio, e eu cuidando dele. Só conseguimos superar isso com a ajuda dos filhos e amigos”, contou a esposa de Reinaldo, Valdenice Goes, de 48 anos.

Segundo ela, a ligação com a notícia do transplante aconteceu na manhã de terça-feira, horas antes da cirurgia. “Foi uma surpresa e uma alegria muito grandes. Recebemos a notícia e fomos direto para o hospital”, disse Valdenice.

De acordo com a esposa do pedreiro, ele está consciente e se recupera bem da cirurgia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Transplante
O Paraná foi apenas o quinto estado brasileiro a ter credenciamento do Ministério da Saúde para realizar transplante de pulmão – os outros estados são Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará.

Segundo o Hospital Angelina Caron, o órgão transplantado nesta terça-feira foi transportado de helicóptero de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, até o hospital, em Campina Grande do Sul.

Reinaldo era um dos dez pacientes na fila de espera de um pulmão em condições adequadas para o procedimento. Ele foi escolhido para o primeiro transplante por ter compatibilidade com o órgão.

“O processo é complexo e tem algumas particularidades fundamentais para a recuperação pós-cirúrgica. Além da compatibilidade sanguínea, os pulmões doados devem estar sem sinais de infecção ou indícios de lesões por trauma”, afirmou o médico responsável técnico do Serviço de Transplante Pulmonar do hospital, Frederico Barth.

Um dos critérios é que o órgão doado tenha um tamanho compatível com o receptor do pulmão.

“São detalhes fundamentais que apontam para a importância da conscientização em prol da doação de órgãos. Todo cidadão que deseja ser um doador deve comunicar sua intenção à família”, disse o médico.