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Prefeituras devem rever processos para implantação de uma cidade inteligente

Os desafios para a transformação digital dos municípios foram tratados pelo diretor-presidente do Instituto das Cidades Inteligentes em entrevista ao RCD Cidades nesta quarta

Para investir em cidade inteligente as Prefeituras devem ter processos bem organizados em cada área do setor público. É o que orientou o diretor-presidente do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), Fabrício Zanini, em entrevista ao RCD Cidades que foi ao ar nesta quarta-feira (09), conduzida pelo diretor da Rede Cidade Digital (RCD), José Marinho.

De acordo com Fabrício Zanini, o caminho para se investir em tecnologia e tornar os serviços públicos mais eficientes passa por uma análise criteriosa de todo os processos que envolvem a administração pública municipal. “Pegue as principais áreas, como saúde, educação, mobilidade, serviços à população, e realmente faça uma análise do que é possível melhorar nesses processos, o que eu posso fazer de diferente e inovar nesses locais”, disse o diretor do ICI, organização responsável pelo desenvolvimento de inúmeras soluções que colocaram Curitiba, capital do Paraná, ao longo dos últimos anos, como referência nacional em se tratando de cidades conectadas e inteligentes. “A tecnologia e o planejamento conseguem ajudar a modificar os próximos orçamentos para que cada vez mais se consiga melhorar e transformar a sua cidade em inteligente”, ressaltou Zanini.

Ele também destacou que uma cidade conectada e inovadora está diretamente relacionada ao crescimento socioeconômico local. “Quando eu tenho uma cidade que proporciona o bem-estar de uma população, que gestiona o meio ambiente de forma adequada e os serviços públicos, essa cidade inteligente acaba atraindo pessoas que querem viver aqui, desenvolver os seus negócios e implantar suas empresas. Ela realmente começa a fazer parte de um ecossistema”, argumenta.

As cidades inteligentes, que passam a desenvolver as políticas públicas com foco no cidadão, observa o diretor-presidente do ICI, também norteiam as diretrizes de um plano diretor adequado às necessidades da localidade. “Ferramentas hoje, na minha opinião, são a base principal para que bons planos diretores sejam desenvolvidos. Quando você junta tecnologias como drones, que podem fazer sobrevoos e coletam dados, quando você junta Internet das Coisas, que começa a contar fluxo de pessoas e de veículos, consegue gerar pesquisas. Todas essas ferramentas proporcionam o desenvolvimento de um plano diretor assertivo”.

O diretor da RCD, José Marinho, também lembrou do desafio dos novos eleitos de conduzir as cidades a partir de 2021 em meio a uma pandemia que vem exigindo das Prefeituras a adoção de medidas para a transformação digital. “O objetivo é melhorar a vida das pessoas por meio da tecnologia, mas é só a partir da conectividade e da criação de uma infraestrutura que as cidades terão condições de evoluir para a incorporação de todas essas inteligências disponíveis”, completou o diretor da RCD.