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Prefeito de Foz do Iguaçu recebe ameaças pelo whatsapp

O prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro (PSD), afirmou nesta terça-feira, 16, que está recebendo ameaças por telefone e via whatsapp em função das medidas de restrições que está tomando em função do recrudescimento da pandemia da covid.

“São pessoas que descobrem meu celular pessoal e dizem que isso não vai ficar assim, que vamos pagar um preço caro – o que é um preço caro, eu não sei. Isso, infelizmente, acontece desde o início da pandemia que enfrento esse tipo de coisa. Eu não vou abaixar a cabeça por isso”, disse Brasileiro ao Jornal da Cultura.

Chico Brasileiro afirmou que decretou o isolamento social de sábado (13) a domingo (14) porque nesse final de semana se  detectou um alto número de festas na cidade. “Não só festas clandestinas, mas festas entre famílias, entre amigos que tudo isso leva uma transmissão acelerada do vírus. Alcançamos neste final de semana mais de 75% de isolamento socia”.

“O isolamento cumpriu com seu papel, foi o maior isolamento de toda pandemia, nunca teve um dia que alcançou um índice tão alto e isso é muito importante para frear e diminuir os contatos, diminuindo os contatos, diminui a transmissão”, completou.

Medidas – Os setores de gastronomia e religioso, segundo o prefeito, também pediram a flexibilização das medidas restritivas. “O retorno é de 30%. Estamos seguindo o decreto estadual e se mudar, vamos rever. Por enquanto, vamos seguir nesta semana o que está previsto no decreto estadual”

“Infelizmente tem resistência de forma caluniosa e agressiva de forma isolada, pessoas que ficam apontando caminhos , indicando caminhos a seguir, que não se tem que fazer essas medidas, que tem que distribuir remédios. Tem muitas pessoas agressivas e ameaçadoras fazendo esse tipo de coisa nas redes sociais, no celular particular”, afirmou. 

Chico Brasileiro classificou como “tamanho absurdo” a incompreensão deste momento de aumento de número de casos de covid e perda de vidas. “Não aceitam a doença, não enxergam a gravidade, a doença tem que ser enfrentada pelo conhecimento, não pelo achismo. Eu me curei duas vezes, mas não posso dizer o que me curou vai ser bom para o próximo, não posso estar estimulando as pessoas tomarem remédio por conta própria distribuindo kits”.

“Consultem o médico O que o médico indicar vai contribuir, essa foi a nossa posição desde o início, não se automediquem, observem até porque tem medicações contraindicadas para algum tipo de doença. Não se pode tomar um remédio padrão. Tem muita resistência, muita politização e não se pode politizar a doença. A doença tem que ser enfrentada por quem conhece, os profissionais da medicina, são esses que têm que ser respeitados, seja qual for o remédio que receitarem, temos que aceitar”, orienta o prefeito.

Brasileiro disse ainda que a articulação para compra de vacinas pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) é uma prevenção em caso do governo federal não repassar os imunizantes de forma mais ágil. “Assim como os governadores se reuniram para a compra de vacinas e as colocaram dentro do Plano Nacional de Imunização, os municípios também estão organizados para qualquer alternativa para comprar para ajudar no PNI. Temos que ter uma alternativa e o consórcio será uma entidade legal e pondera que a compra só se dará se for necessário. Espero que não seja necessário, espero receber o número de doses suficientes através do plano nacional”

Sobre o uso das unidades básicas de saúde para atendimento da covid, o prefeito afirmou ainda que tem cidades no Paraná que praticamente todas as unidades básicas estão atendendo covid. O plano nacional de saúde de atenção primária, segundo Brasileiro, prevê que as UBSs possam atender a doença também. “Estamos adotando entradas diferentes, o cidadão se tem covid, é orientado e ir para uma entrada e ser acompanhado. Ontem, nas  10 unidades , 94 pessoas foram atendidas. Não é um número alto, é o número pequeno, tendo em vista os resultados das medidas como a do isolamento”

“É importante dizer que as UBS não são apenas para atendimento e solicitar o exame. Se o paciente positivou numa região próxima das unidades, uma equipe de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas vai acompanhar o paciente em casa para que possa ter todos os tratamentos profissionais possíveis. A proposta é criar uma rede de serviço em toda a cidade. O hospital municipal já tem o trabalho de quatro equipes que fazem visita e tratamento em casa, mas eles só estão conseguindo fazer com pacientes acima de 60 anos.  Mais de 300 pessoas já foram atendidas por esse trabalho, estão ampliando isso para as unidades básicas”.