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Porto trimodal em Foz do Iguaçu ganha impulso com inclusão da Ferroeste

A inclusão Ferroeste no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal torna viável a construção de ramal da ferrovia até Foz do Iguaçu-Cascavel. E não é só. Essa decisão impulsiona a concretização do porto seco trimodal, uma das metas prioritárias do Programa Acelera Foz.

Estratégico para o desenvolvimento de Foz do Iguaçu e região, o porto alfandegário contempla os modais rodoviário, ferroviário e hidroviário para movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de importação e exportação. A proposta é que esse complexo seja construído na entrada da cidade, retirando o trânsito de caminhões pesados do corredor turístico.

“Esse projeto poderá elevar Foz do Iguaçu à condição de centro logístico da América Latina, com os três modais reunidos em um só porto e nosso aeroporto sendo o quarto meio de transporte de cargas”, aponta o presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, Danilo Vendruscolo.

De acordo com Vendrusculo, as lideranças não abrem mão de participar do processo de desestatização da Ferroeste, proposto no contexto do PPI. “Temos o porto seco trimodal no radar, mas também buscamos garantir uma tarifa competitiva para escoamento da nossa produção, via Porto de Paranaguá, e atrairmos mais investimentos”.

Vendrusculo considera ainda indispensável, a inclusão de um ramal da Ferroeste de Foz do Iguaçu a Guaíra na nova licitação da ferrovia, e dessa cidade até Maracaju (MS). “É uma interligação absolutamente necessária para a região e para o Paraná que vamos defender com todas as forças do Oeste juntas”, assevera Danilo Vendruscolo.

Oportunidades
Para o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz), Mario Camargo, a transferência da ferrovia para o setor privado e a construção de um “braço” da Ferroeste até a fronteira respondem a uma demanda antiga. “É uma esperança e reivindicação pela qual a sociedade civil e o setor produtivo trabalham há muito tempo”, relata.

“A ferrovia virá para contemplar o grande esforço que estamos fazendo para que Foz se torne um polo logístico do Mercosul. Com o porto trimodal, mais o modal aéreo praticado no aeroporto, que passa por obras de ampliação da pista de pouso e decolagem, poderemos receber cargueiros e ampliar a movimentação internacional”, reitera Camargo.

O presidente do Codefoz defende que o ramal da Ferroeste deverá ficar dentro do porto seco de onde será feita a conexão por ferrovia. “Poderemos receber cargas do Paraguai e mandá-las para o Porto de Paranaguá pela Ferroeste, ou as remetermos por hidrovia para São Paulo. O momento é difícil, mas vejo um futuro muito promissor para nossa cidade e região”.

Números altos
Segundo levantamento do Programa Oeste em Desenvolvimento, o ramal da Ferroeste em Foz do Iguaçu demanda seis milhões de toneladas de cargas provenientes do Paraguai. Na extensão até Guaíra, a estimativa é receber mais seis milhões de toneladas pela via férrea, vindas do Mato Grosso do Sul.

Contexto
A inserção da Ferroeste no Programa de Parcerias de Investimentos permitirá leilão da ferrovia até o final de 2021, com Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima) concluídos. O Comitê de Governança do projeto definirá nos próximos meses se a concessão será total ou parcial.

Fonte: Portal da Cidade de Foz