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POLÍCIA FEDERAL LIGA FRUET AO MENSALÃO DO DEM

21/03/2011

O jornal “O Globo”, edição deste sábado (19), liga o ex-deputado Gustavo Fruet (PSDB) ao mensalão do DEM, patrocinado pelo então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda – hoje, sem partido, mas na época uma das principais lideranças dos demos e cotado para integrar a chapa de José Serra.

Resumidamente, a matéria diz que o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, em depoimento a Polícia Federal, apontou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e os deputados federais Onix Lorenzoni (DEM-RS), Gustavo Fruet (PSDB-PR), Augusto Carvalho (PPS-DF) e Tadeu Filipelli (PMDB-DF), como beneficiários do esquema.

Leia a seguir a íntegra da matéria

POLÍCIA FEDERAL LIGA FRUET AO MENSALÃO DO DEM

21/03/2011

O jornal “O Globo”, edição deste sábado (19), liga o ex-deputado Gustavo Fruet (PSDB) ao mensalão do DEM, patrocinado pelo então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda – hoje, sem partido, mas na época uma das principais lideranças dos demos e cotado para integrar a chapa de José Serra.

Resumidamente, a matéria diz que o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, em depoimento a Polícia Federal, apontou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e os deputados federais Onix Lorenzoni (DEM-RS), Gustavo Fruet (PSDB-PR), Augusto Carvalho (PPS-DF) e Tadeu Filipelli (PMDB-DF), como beneficiários do esquema.

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Polícia Federal já sabia de acusações contra DEM

BRASÍLIA – As acusações do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) contra políticos do DEM e de outros partidos, que teriam se beneficiado da estrutura de arrecadação ilegal montada em seu governo, são de conhecimento da Polícia Federal desde o ano passado. Em depoimento sigiloso prestado à Diretoria de Inteligência da PF em junho, o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, apontou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), como um dos supostos beneficiários.

Durval ainda incluiu na acusação os então deputados federais Onix Lorenzoni (DEM-RS), Gustavo Fruet (PSDB-PR), Augusto Carvalho (PPS-DF) e Tadeu Filipelli (PMDB-DF), este último atual vice-governador do DF. O delator contou à PF que em 2007, na fase preparatória para as eleições de 2008, Arruda pediu que ele e aliados do ex-governador começassem a levantar recursos para as campanhas de aliados estratégicos.

Segundo Durval, a ajuda a Kassab "seria a única forma de se aproximar do então governador de São Paulo, José Serra (PSDB)". À época Arruda acalentava o sonho de ser indicado pelo DEM para vice na chapa de Serra, candidato derrotado à Presidência da República em 2010.

Em entrevista publicada pelo site da revista "Veja" nesta quinta-feira, Arruda declarou ter contribuído para vários colegas no DEM (partido do qual foi o expulso), que mais tarde o "esculhambaram". Na entrevista, Arruda diz que o atual presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), teria pedido R$ 150 mil para ajudar a eleger Micarla de Sousa (PV), sua afilhada política, em Natal.

Nas prestações de contas oficiais dos candidatos não constam repasses de 35 empresas suspeitas de participar do mensalão. O ex-presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), admitiu que Arruda encaminhou empresas para que fizessem doações para campanhas em 2008. Mas afirmou que nenhuma das que colaboraram aparecem nas listas da PF e do MP.

O secretário-executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, confirmou que Arruda encaminhou uma empresa para fazer doação para o partido, sem revelar o nome e o beneficiário. Disse que foi uma doação legal e registrada na Justiça Eleitoral.

– Foi uma doação legal e registrada. Se falasse o nome da empresa, poderia colocá-la injustamente sob suspeição. Além disso, nunca mais fariam doação ao partido.

Por meio de nota assinada por seus advogados, Arruda negou que as doações que conseguiu tenham origem escusa ou ilegal. Os advogados afirmam que Arruda deixou claro, em entrevista à "Veja" em setembro do ano passado, que "todas as ajudas destinadas a outros políticos ocorreram, sempre, através do partido e rigorosamente dentro da lei".

Segundo Nélio Machado, um dos advogados que assinam a nota, a entrevista foi completamente deturbada e que medidas judiciais cabíveis serão tomadas. Procurada, a "Veja" não retornou às ligações do GLOBO.