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Polícia Científica inicia perícia de ônibus que tombou na região

A Polícia Científica inicia nesta quinta-feira (2) a perícia do ônibus que esteve envolvido no grave acidente registrado nesta semana, no quilômetro 232 da BR-277, na região de Fernandes Pinheiro, que resultou na morte de sete pessoas. A maioria das vítimas já foi identificada.

A equipe da Perícia esteve no pátio do 5º Batalhão de Polícia Rodoviária, em Ponta Grossa, para investigar o veículo. “Já foi iniciada a verificação do sistema de frenagem do veículo, bem como questões relacionadas à segurança dos passageiros. Os peritos realizaram diligências no intuito de verificar informações como o tacógrafo e o diário de bordo, as quais serão prontamente finalizadas.”, afirma o delegado de Teixeira Soares, Wesley Vinícius Gonçalves da Silva, responsável pelas investigações do acidente.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Teixeira Soares, responsável pela investigação do acidente envolvendo um ônibus que terminou com sete mortes na BR-277 em Fernandes Pinheiro, realizou uma coletiva de imprensa na tarde de terça-feira (31) para comentar sobre as investigações acerca do acidente.

Na terça, a equipe da Polícia Científica realizou o trabalho pericial no local do tombamento e constatou que não havia marcas de frenagens na pista. Além disso, segundo o delegado, o motorista, um representante da Viação Catarinense e doze passageiros prestaram depoimento à polícia.

Motorista

Quanto ao depoimento do motorista, o delegado destaca que não pode relevar o que foi dito, já que o inquérito policial é um procedimento sigiloso, mas confirma que o motorista dormiu na direção do veículo.”Devido a circunstâncias que ainda vamos apurar nas investigações”, explica.  Conforme as apurações, não chovia no momento do acidente. Além disso, o delegado afirma que o motorista realizou o teste do bafômetro com resultado negativo para ingestão de álcool e que estava com a documentação em dia.

Ele negou o uso de qualquer medicamento. No momento do acidente o único representante da empresa dentro do veículo era o próprio condutor. “Não havia bagageiro ou alguém que pudesse prestar um eventual suporte”, pontua.  Segundo o delegado, o motorista pode responder por homicídio culposo e lesão culposa, caso seja comprovado que ele agiu com negligência ou imprudência.

Viação Catarinense

Um representante da Viação Catarinense de Curitiba também prestou esclarecimentos à polícia. A empresa será investigada quanto ao cumprimento do intervalo de descanso, que deve acontecer a cada quatro horas de viagem por um período de 30 minutos. “O representante disse que estava previsto uma parada”, afirma o delegado. A troca de motorista estava marcada para acontecer em Guarapuava. Segundo o delegado, as investigações vão apurar se haverá responsabilização do condutor ou da empresa.

Passageiros

Ao todo 12 passageiros foram ouvidos, dez deles estavam internados na Santa Casa de Irati e outros dois estavam em um hotel. “O que elas relataram é que muitas delas estavam dormindo devido ao horário do acidente e quando acordaram já tinha acontecido o tombamento”, declara o delegado. As testemunhas também confirmaram que no momento do acidente não havia outro motorista para fazer a troca. Os passageiros também foram questionados quanto ao uso do cinto de segurança. “As vítimas que nós conversamos que tiveram menos lesões, foram justamente as que disseram que estavam utilizando o cinto de segurança”, diz.

Próximos passos

O inquérito policial tem o prazo de 30 dias para ser encerrado. “Vamos aguardar o trabalho da perícia para que possamos incluir no inquérito e ouvir mais vítimas, finaliza o delegado.

Fonte: A rede