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PMDB do Rio mantém palanque para Aécio

O presidente do PMDB no Rio, Jorge Picciani, planeja para o dia 27, o próximo evento em apoio ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. A confirmação do apoio do PMDB à chapa Dilma Rousseff/Michel Temer na convenção de ontem não mudou nada a rotina do partido no Rio e ainda reacendeu as críticas ao PT. As informações são do Valor Econômico.

“Desde o momento em que fazem campanha contra o ex-governador Sérgio Cabral e contra a nossa administração, tem uma reação. Isso era uma agenda que já estava pacificada aqui no Rio. A convenção assumiu o compromisso [de apoiar a reeleição da presidenta], vamos continuar as conversas”, afirmou o governador Luiz Fernando Pezão, depois de participar da inauguração do centro de armazenamento da Nissan, em Resende, no Sul fluminense.

O discurso de Pezão é o mesmo do adotado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, na convenção de anteontem. Em nada diferente do que diz Picciani que, ao contrário dos dois correligionários e do ex-governador Sérgio Cabral, votou contra a aliança com a presidente Dilma e lidera o apoio a Aécio.

“O PMDB do Rio sempre deixou claro que é contra palanque duplo no Rio, mas eles têm mandato, governam o Estado, a cidade. Apesar do PT ter errado, resolveram continuar com a presidente”, disse Picciani, garantindo que, entre eles, não há divergência. “A unidade do PMDB do Rio é em torno do Pezão. Nunca foi rompida. Sou companheiro do Cabral há 25 anos. Sempre estivemos alinhados, nem sempre do mesmo lado”.

O foco é combater a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo. Pezão garante que dividirá o palanque da reeleição com a presidente Dilma Rousseff, mas lembra que a avisou que a aliança seria prejudicada caso o PT confirmasse a candidatura de Lindbergh. “Os prefeitos [do PMDB] ficam chateados, os deputados mais chateados ainda e isso causa insatisfação, mas nada que a conversa não acerte”, disse Pezão.

O alerta sobre a deterioração também é enfatizado por Picciani. Para ele, o resultado da convenção deu força ao movimento dos insatisfeitos do PMDB com o PT em vários Estados. Citou o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) como um dos articuladores. Dornelles, que é tio de Aécio, abriu mão da disputa pela reeleição para dar espaço a Cabral. “Nesse momento, me interessa fazer o Aécio conhecido, solidificar a campanha dele”, disse.