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PMDB reúne lideranças nacionais em novembro no Paraná

PMDB reúne lideranças nacionais em novembro no Paraná

O presidente do PMDB do Paraná, deputado Waldyr Pugliesi, confirmou nesta sexta-feira (16) o encontro nacional que o partido fará em Curitiba no próximo dia 15 de novembro. “O PMDB não pode ficar refém de outros interesses e vai elaborar um plano de desenvolvimento nacional baseado na produção e no trabalho frente ao rentismo e à especulação financeira”, disse Pugliesi.

O deputado já conversou com os presidentes dos diretórios regionais e na próxima vai formalizar o convite aos diretórios das 27 capitais brasileiras. O encontro será em Curitiba em local ainda a ser marcado. A proposta para o encontro dos diretórios estaduais em Curitiba foi lançada na última quarta-feira (14), durante a palestra do ex-ministro Mangabeira Unger no diretório regional do PMDB do Paraná.

ENVERGADURA – O PMDB, fundado em 1964, é o maior partido do Brasil: nove governadores, cinco vices-governadores, 91 deputados federais, 17 senadores, 172 deputados estaduais, 1.201 prefeitos, 910 vices-prefeitos, 8.497 vereadores, dois milhões de militantes e outros 15 milhões de simpatizantes. No Paraná, é também o maior partido: 136 prefeitos, 121 vice-prefeitos, 753 vereadores, 18 deputados estaduais e sete federais.

Os números, a capilaridade e a envergadura – segundo Pugliesi – reforçam a tese que o PMDB deve ser protagonista das eleições presidenciais de 2010 e não como uma simples coadjuvância no processo eleitoral. “O PMDB tem mostrar quanto vale a sua força política. E pautar a eleição num grande projeto nacional da reconstrução da cidadania e do desenvolvimento”.

PROJETO – O governador Roberto Requião disse que seção estadual do partido não quer polêmica com o diretório nacional do PMDB, mas a intenção, junto com outros diretórios, é começar a montar um programa de governo. “Nós vamos para a convenção nacional e quando eles disserem coligação ou não coligação, nós vamos dizer que em primeiro lugar: para que? e para quem?”, disse Requião.

“Depois que estabelecermos um programa de governo, vamos discutir se temos um candidato ou se para a execução desse programa de governo, nós podemos ter uma coligação”, completou. Na avaliação de Requião, o debate iniciado por Mangabeira Unger vai permitir ao PMDB dizer com clareza sua proposta de poder.

“O PMDB surgiu como partido das classes populares, das classes desligadas do grande capital. É o partido dos pobres, dos funcionários públicos, dos trabalhadores, das mulheres e das minorias. Isso ficou explicitado no seu programa, mas até agora não se transformou com clareza num projeto de governo”, completou.

PROTAGONISTA – Na palestra em Curitiba, Mangabeira Unger disse que o maior partido do país “não pode ser uma massa de manobra de outras forças”, disse. “O povo brasileiro não quer caridade, quer oportunidades e capacitações e eu vou lutar para que o PMDB, o maior partido brasileiro, tenha uma proposta prática para cumprir esse papel”, completou.

Mangabeira disse que Requião pode ser o agente político dessa alternativa nacional. “O PMDB tem muitos nomes, inclusive o do governador Requião, inteiramente capacitados para exercer a presidência da república”. “Mas o problema agora não é o nome. O problema agora é o projeto e entendo que o processo de debate desse projeto ajudará a esclarecer o caminho a tomar para transformar essa proposta programática num projeto de poder”, completou.

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