Apesar do número de casos ativos diários em Foz do Iguaçu ter apresentado uma queda expressiva em comparação ao mês de julho, vem aumentando o número de pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
A cidade saiu de 714 casos ativos para 250 na segunda semana de setembro, quanto aos leitos, na quinta-feira (10) dos 65 leitos, 64 estavam ocupados (98,46%).
No início da pandemia, Foz do Iguaçu contava com 30 leitos. Número que foi ampliado sempre que a ocupação ficava próximo dos 100%. Hoje, são 65 leitos exclusivos para o atendimento a pacientes com Covid-19 e, ainda assim, a ocupação tem ficado próximo ao limite.
No dia 8 de setembro, data em que novos leitos de UTI foram disponibilizados, a ocupação chegou a 95%.
De acordo com a bióloga e professora da Unila Elaine Della Giustina Soares, coordenadora do Painel Covid-19, não há como prever por quanto tempo um paciente passará internado “De forma geral, o internamento que evolui para óbito pode chegar a mais de 30 dias, e já foram identificados alguns óbitos que diferem desse padrão, sendo que neste mês o intervalo de tempo de internação variou de horas a 30 dias”, alerta.
Outro fator preocupante é que além de pacientes de Foz do Iguaçu, as UTIs recebem também pacientes de outras cidades. “A situação não é grave só com os leitos de UTI. As enfermarias também estão registrando aumentos significativos, chegando perto dos 70% de ocupação”, alerta a pesquisadora.
Os dados apurados foram levantados pelo Grupo de Trabalho (GT) de Projeções da Unila e podem ser conferidos no Painel Covid-19, disponível no site da Unila. O painel utiliza dados abertos, disponibilizados pela Prefeitura de Foz do Iguaçu em seu boletim diário sobre os casos de Covid-19.