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Pau a pau

Deu empate na largada do segundo turno da corrida eleitoral paranaense: Roberto Requião (PMDB) e Osmar Dias (PDT) têm 45% das intenções de voto, 50% para cada um dos votos válidos.

Houve apreensão no comitê de Osmar Dias. Por lá, os marqueteiros esperavam boa dianteira para o candidato de tucanos, pefelistas, brizolistas e assemelhados.

Principalmente depois do apoio do prefeito Beto Richa e de adesões menores.

Em compensação, nos arraiais de Requião houve festa. Passada a ressaca do primeiro turno, a rapaziada do governador esperava largar atrás e o empate foi recebido como indicador de vitória.

Assim caminha a humanidade. Repete-se, no Paraná, o quadro clássico da divisão das correntes políticas em dois campos bem definidas do ponto de vista ideológico.

De um lado, todas as forças do espectro que vai do centro à direita em torno do candidato Osmar Dias. De outro, a turma de centro para a esquerda em torno de Roberto Requião. Lembra campanhas como as de 1985, quando Requião disputou a prefeitura com Jaime Lerner. E a de 1990, quando Requião enfrentou, em dois turnos, o mesmo espectro que hoje apóia o seu adversário.

A campanha é de tiro curto. Faltam apenas 22 dias para a eleição, 20 de campanha e serão apenas 17 dias de propaganda no rádio e na televisão. E é bom não esquecer os debates. O primeiro será na segunda-feira. Agora, com apenas dois candidatos, as regras são menos engessadas. Há tempo suficiente para que Requião e Osmar exponham suas idéias, seus planos e seus questionamentos.

Outra condição importante é a igualdade de tempo no horário gratuito de rádio e televisão. No primeiro turno, Requião tinha pouco mais de dois minutos. Osmar tinha o triplo. E os demais candidatos ajudavam no ataque direto ao governador. Em condições de equilíbrio, sem candidaturas auxiliares, tudo muda. É o que vamos ver. Fábio Campana, no Estadinho