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Paranhos vai priorizar a saúde pública: “rede é muito deficitária em Cascavel”

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O sistema de saúde pública será uma das prioridades da gestão Leonaldo Paranhos (PSC), a partir de janeiro de 2017 em Cascavel. “(…) temos um gargalo um pouco maior, porque a rede é muito deficitária do ponto de vista físico. Além disso, há poucas equipes de atenção básica, a saúde preventiva tem um serviço muito acanhado”, disse.

Em entrevista a série da Gazeta do Povo, com os prefeitos eleitos dos cinco principais municípios do Paraná, o deputado estadual Paranhos falou que terá uma relação amistosa com o governador Beto Richa (PSDB), a quem apoiou em 2010 e 2014. “Nossa bancada do PSC e do PSD tem uma relação próxima com o governo”, ressaltou.

“Mas claro que vamos atrás do máximo que for possível de verbas extras, além dos programas que já existem para o município, até porque o próprio governo também está readequando sua capacidade de caixa”, concluiu Paranhos. Veja a seguir a íntegra da entrevista:

Num cenário de crise como o atual, qual o tamanho do desafio que o senhor imagina encontrar quando assumir a prefeitura?

Estamos no período de transição. Ainda não tenho os números da prefeitura, porque estamos fazendo aos poucos este levantamento. Mas sei que teremos muitas dificuldades para administrar a cidade. Tenho certeza que vou assumir um município sem capacidade de investimentos. Há um empréstimo internacional de cerca de R$ 180 milhões, dos quais 50% são contrapartida da prefeitura por exemplo. É um cenário preocupante, mas acredito na capacidade do nosso município. Com corte de despesas e do desperdício, vamos enxugar a máquina para otimizar a receita e atender às prioridades da população.

O senhor trabalha com a hipótese de aumentar impostos, como IPTU e ISS?
Não quero iniciar o mandato aumentando impostos, porque entendo que a população de forma geral já paga uma carga muito alta. Mas aqui em Cascavel, precisamos discutir a questão do IPTU progressivo com a sociedade, porque a média cobrada aqui está muito abaixo dos números estaduais e nacionais.

Como será sua relação com o governador Beto Richa, sobretudo em busca de recursos para o município?
Apoiei o Beto em 2010 e 2014. Nossa bancada do PSC e do PSD tem uma relação próxima com o governo. Mas claro que vamos atrás do máximo que for possível de verbas extras, além dos programas que já existem para o município, até porque o próprio governo também está readequando sua capacidade de caixa. Entendemos o momento difícil do país todo, mas precisaremos muito de aportes do governo do estado. Mas, no geral, o governo investiu bastante em Cascavel nos últimos seis anos, sobretudo na área da saúde. Agora mesmo, há obras de R$ 18 milhões de asfalto a fundo perdido.

Na sua visão, quais os maiores problemas da cidade atualmente e que serão priorizados na sua gestão?
Certamente a saúde pública, o que não foge muito da realidade dos outros municípios. Mas aqui em Cascavel, temos um gargalo um pouco maior, porque a rede é muito deficitária do ponto de vista físico. Além disso, há poucas equipes de atenção básica, a saúde preventiva tem um serviço muito acanhado.

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo