O secretário estadual de Turismo, Leonaldo Paranhos, aproveitou o Encontro dos Municípios do Paraná (Emupar), em Curitiba, para apresentar aos prefeitos o novo mapa turístico do estado, dividido em 38 territórios (veja aqui) que passam a ser referência para ações da pasta. A estratégia faz parte de uma proposta ambiciosa de regionalização e descentralização do setor, com foco em turismo interno e infraestrutura.
No centro da proposta está o programa Paraná+Infra, que terá R$ 200 milhões em investimentos para qualificar acessos, sinalizações e estruturas nos atrativos locais. “A cidade tem uma cachoeira maravilhosa, um pesque-pague famoso ou uma gruta religiosa, mas não tem acesso, não tem píer, não tem estrada. O Mais Infra é para resolver exatamente isso”, explicou Paranhos, ao destacar que os projetos devem ser apresentados e certificados pelas prefeituras.

O secretário comemorou o desempenho do estado no setor: alta de 6,5%, a maior do país, e 426 mil visitantes estrangeiros apenas no primeiro trimestre de 2025. “A proposta é avançar e potencializar o turismo doméstico e o turismo rodoviário. Para isso, os atrativos devem ter acessos e infraestrutura adequados”, afirmou.
Além do Paraná+Infra, dois outros programas integram o pacote apresentado: o Mais Viagem, que permite às prefeituras custear transporte, alimentação e ingressos para fomentar o intercâmbio entre cidades turísticas, e o Mais Eventos, que prevê apoio a feiras, festas e exposições com potencial turístico — inclusive de iniciativa privada.
Paranhos quer turistas dos vizinhos
Paranhos também mira o público regional dos estados vizinhos: São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso, além do Paraguai e da Argentina. “Nossa estratégia também é regionalizar o turismo nesses estados. Os moradores dessas regiões podem se deslocar ao Paraná de carro ou ônibus e nós temos que recebê-los com uma infraestrutura muito boa”, reforçou.
Para além das Cataratas, da capital e do Litoral, o governo estadual quer agora atrair olhares para o potencial ainda subaproveitado do interior. “São 38 territórios, um só destino: Paraná. Cada região tem um potencial muito grande, mas é preciso trabalhar, desenvolver, para que os prefeitos consigam olhar para esse potencial e explorar, aperfeiçoá-lo”, resumiu o secretário.
O trabalho começa pelo Noroeste, que vem ganhando destaque com o turismo de praia de água doce e balneários às margens do rio Paraná. A descentralização está no centro da estratégia — e agora, com dinheiro no caixa, o desafio é fazer o turismo realmente acontecer fora do óbvio.
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