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Paranhos admite pressão no segundo mandato: “temos obrigação de fazer melhor”

Por Roger Pereira

Reeleito prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (PSC) comentou, em entrevista à Gazeta do Povo, que quer quebrar uma tradição histórica da política brasileira, de que os segundos mandatos têm avaliações piores do que os primeiros. Dizendo ter mais conhecimento, um plano de obras robusto e acesso a recursos que não tinha nos primeiros quatro anos, Paranhos afirma ter obrigação de fazer melhor. O prefeito diz ter preocupação com as licitações do transporte público e da coleta de lixo, que ocorrerão neste seu segundo mandato e promete, enfim, entregar um centro de eventos para a cidade, segundo ele, único compromisso de seu plano de governo anterior que não foi cumprido entre 2017 e 2020. Confira a íntegra da entrevista:

Em todas as grandes cidades do Paraná, os prefeitos candidatos para segundo mandato foram reeleitos em primeiro turno, o senhor percebeu um desejo de continuidade na população? Especificamente aí em Cascavel, a que o senhor atribui o resultado da sua eleição no primeiro turno?
Evidentemente que cada cidade tem a sua peculiaridade, mas nesse caso houve aí uma tendência de permanência dos prefeitos, isso é um fenômeno que aconteceu e a gente precisa reconhecer isso. Por quê? Diante dos momentos que a gente está passando, os prefeitos que tinham uma avaliação média para boa, eu acho que houve por parte do eleitor uma tendência de não mexer, porque nós já temos um pouco de insegurança, esse vírus nos trouxe uma série de limitações, uma série de dúvidas, uma série de questionamentos, então, aquele prefeito que tinha uma boa ou média avaliação eu acho que o eleitor teve a tendência de não querer mudar. Vamos colocar uma palavra aqui, que não é que estou dizendo que nossos oponentes eram isso, mas o eleitor não quis aventurar, não que as outras candidaturas eram aventuras.

Nós aqui, aí eu trago para Cascavel, não só ganhamos a eleição, como tivemos um percentual que é um dos maiores do Sul do país (71,7%). A nossa avaliação vinha em torno de 80% de aprovação. E aí se consolidou isso na campanha.

E a gente teve uma atuação muito próxima com a população desde o início. Nós temos um programa chamado Território Cidadão, nós juntamos os bairros e criamos 12 territórios, minicidades, com aproximadamente com 23 mil a 25 mil pessoas, e a gente vai com o Governo para esse território. Desde 2017, nós fizemos um cardápio de obras, por exemplo, as que serão executadas hoje, esse mês, esse semestre e durante o mandato. E, agora em 2020, nós conseguimos entregar, ou ficar muito próximo de entregar, tudo aquilo. Nunca a gente consegue entregar 100%, mas entregamos muito próximo daquilo que foi discutido, a gente fez 14 avenidas, obras nos bairros, tivemos R$ 400 milhões em obras, dinheiro da Prefeitura, do Estado, da Itaipu porque tive bastante acesso a verba da Itaipu, e também fomos a única cidade do Brasil que conseguiu trazer um programa chamado “Avançar Cidades”, que a gente fez essas avenidas e estamos colocando ainda 900 abrigos de ônibus.

Das promessas de campanha do seu plano de governo lá em 2016. O que foi realizado e o que ficou para o segundo mandato?
Esse foi um dos fatores que a gente conseguiu legal. Nós criamos uma unidade aqui chamada de prospecção de projetos, captação de recursos e acompanhamento do plano de governo 2017-2020. Nós fizemos 96% do plano de governo e, claro, outras coisas, por exemplo, o aeroporto que nós fizemos não estava no plano de governo, as avenidas não estavam no plano de governo. O que nós não conseguimos fazer totalmente foi o Centro de Eventos, que era uma proposta minha, a gente patinou nisso, eu tentei comprar um imóvel aqui chamado de Atacado Liderança, geograficamente bem posicionado, não foi possível; enfim, não consegui realizar esse feito. E, acredito que é necessário fazer um Centro de Eventos. Nós somos uma região agrícola, nosso turismo é turismo de negócios, e a gente não aproveita bem esse agro. Nós temos aqui o Show Rural, um dos grandes eventos do país, e a gente acaba de limitando naquela semana do show rural e eu quero muito que a gente tenha um Centro de Eventos para trazer esses debates, que devem ocorrer agora a partir do segundo semestre de 2021, do agro, as tendências do setor produtivo, o que é muito importante. Ficou essa obra grande e eu substituo aí pelo argumento do aeroporto. Mas não posso fugir que de que isso é uma necessidade da cidade.

Aproveitando o gancho do aeroporto, ele foi inaugurado no final do ano, uma obra de estrutura fundamental aí pra cidade, que vai receber, agora no seu segundo mandato, outra obra fundamental que é o trevo na rodovia, fruto do acordo de leniência da Ecocataratas. Queria que o senhor comentasse a importância disso, de o acesso a cidade ser finalmente duplicado.
A gente tinha aí alguns gargalos, ainda tem, mas pelo menos já estão sendo atacados. Um deles era o aeroporto, era uma discussão incrível que tinha 30 anos. Depois começou a construção com a obra sendo paralisada desde 2012 e, hoje, está entregue. É o melhor aeroporto do interior do Brasil, único que tem ponte de embarque. Esse é um gargalo que está resolvido. E o outro grande gargalo é de fato essa obra do Trevo Cataratas, é o terceiro trevo mais importante do Brasil, pelo menos em quantidade de carros, mais de 40 mil veículos todos os dias. E nesse acordo de leniência a gente foi contemplado. É importante dizer que esse acordo de leniência não era do Trevo. É um acordo que vai de Guarapuava a Foz do Iguaçu, então você imagina a disputa que foi para ter acesso a esses recursos. Nós agimos aqui de forma muito respeitosa ao Ministério Público, agimos evidentemente politicamente, mas agimos tecnicamente. Nós colocamos na mão do governador um grande dossiê de informações técnicas, tudo aquilo que o Trevo Cataratas representa, porque não é uma obra que contempla Cascavel, é uma obra que contempla o Oeste, é um entroncamento que vem de Santa Catarina, que vem do Mato Grosso, nós estamos aqui bem na ponta da Ferroeste. E a gente acabou vencendo a disputa com outras cidades, porque uma queria um viaduto, outro um pontilhão, uma duplicação, mas conseguimos aqui, não com pressão, eu acho que o que pesou foi de fato a importância que essa obra tem. Tem aí dois anos, essa obra já começou, e agora na segunda quinzena de janeiro vem um volume enorme de obras, que pegou bem no finalzinho do ano a ordem de serviço.

Fomos informados que o senhor transformou a sua posse em uma reunião de trabalho, já anunciou obras, já anunciou investimentos. O que tem previsto para cidade já nos primeiros meses do seu segundo mandato?
A gente conseguiu fazer isso sim. Primeiro que não tinha nem ambiente para fazer uma posse festiva, foi muito restrita, fizemos apenas com os secretários e alguns vereadores, mais a mesa diretiva, e a gente lançou sim um cardápio de R$ 130 milhões de obras novas. Nós fizemos dois Ecoparques aqui na região Norte e outro na região Oeste, e agora faremos mais dois ecoparques com 150 m². Então, teremos quatro ecoparques bem geograficamente distribuídos. Duas grandes avenidas, que têm gargalos, na continuidade daquele programa de mobilidade. Nós estamos pela primeira vez concluindo um Plano Municipal de Mobilidade, Cascavel tem quase 70 anos e nunca tinha sido feito um planejamento na área da mobilidade. Inclusive, a empresa que ganhou é de São Paulo e fez o Plano de Mobilidade de Medelín (Colômbia). Levamos sorte nisso e a empresa ganhou esse plano.

Nesse conjunto de obras há avenidas, quatro escolas novas, três CMEIs e uma escola; tem quatro unidades de saúde, é um conjunto de R$ 130 milhões. Tem um programa chamado Território Verde, nós temos aqui a terceira maior floresta urbana do Sul do país dentro da cidade e, em conjunto com a Sanepar, contratamos o escritório do arquiteto Jaime Lerner e ele desenvolveu para nós um projeto chamado Território Verde, então a gente vai ter nesta floresta urbana um decreto que cria legislação, área ambiental, área gastronômica, oito quilômetros de ciclovias. Tudo isso foi lançado no dia 1º de janeiro, muitas ordens de serviço, outras autorizações para licitações e outras que autorizamos captação de recursos da própria prefeitura para fazer essas obras.

Outra questão que vai atingir o município nesse segundo mandato é a questão do transporte público, com nova concessão. Como está a situação do transporte público, o que precisa ser feito neste segundo mandato?
Nós temos duas pegadas violentas, dois serviços de alta presença, o transporte coletivo e a coleta de lixo, que é uma novela de 50 anos quase; a gente vai ter essas duas licitações. Bom, eu tô bastante preocupado com a licitação do transporte urbano, porque mesmo antes da pandemia esse serviço vem tendo uma queda de adesão, as pessoas têm buscado novas alternativas de transporte e isso tem tido uma queda em todo o país. O nosso aqui, para se ter uma ideia, tem 20 anos essa licitação, então é um contrato ultrapassado. Agora, você veja que desafio, nós precisamos modernizar o sistema para atrair e ao mesmo tempo temos que ter cuidado com a tarifa, porque a tarifa é o peso mais importante, porque grande parte dos usuários do transporte é de trabalhadores.

Eu não estou nem me referindo à pandemia, porque a pandemia foi horrível, quase 70% de perda, nós imaginamos que no segundo semestre desse ano, poderemos chegar a 80%. Mas o que aconteceu? Além daquela perda histórica, que vinha acontecendo para bicicleta, para o patinete, para o Uber, para o táxi, para a carona, houve uma perda grande na pandemia e a gente está entendendo que parte dessa perda não volta.

A gente precisa ter uma inovação e ter qualidade, então, na minha opinião, vai precisar de várias opções de transporte alternativo, tem que ser um guarda-chuva que ofereça ônibus direto, que ofereça ônibus com tarifa diferenciada, para poder atrair novamente o usuário desse sistema.

E o outro processo é o processo do lixo, que também é ultrapassado. A gente vai contratar uma assessoria para desenhar o sistema de coleta de lixo sustentável. Nós temos aqui hoje aquele contrato antigo: faz a coleta, poda árvores, faz a varredura, e leva lá no aterro.

A gente investiu nesses quatro anos quase R$ 40 milhões em um sistema chamado “Ecopontos”, em parceria com a Itaipu e com o Governo do Estado, então nós já temos uma rede de Ecopontos, são seis na cidade. Vamos entrar muito firme na coleta reciclável, na coleta seletiva, porque hoje a gente tá enterrando. A nossa coleta aqui dá em torno de 300 toneladas dia, aproximadamente 45 toneladas é de lixo reaproveitável, e a gente tá coletando aproximadamente 5%, é muito abaixo do que deveria. Com a rede de Ecopontos a gente vai ampliar isso. Então a gente vai desmembrar essa coleta, porque a gente vai criar nesse contrato a política pública desse lixo.

E pior, ao enterrar o lixo reciclável, uma coisa é jogar uma fruta, um resto de alimento, que é orgânico. Outra coisa é jogar uma garrafa pet de Coca-Cola e ela fica tomando volume. Então temos que fazer a seleção mais vezes.

Falando um pouco de pandemia, Cascavel adotou medidas rígidas de controle de circulação de pessoas, com a chegada do coronavírus, em março, mas depois abriu, como todas as cidades tiveram que abrir, tanto pela questão econômica quanto pela pressão de setores empresariais. E, agora, estamos vivendo essa segunda onda com muito medo do que pode acontecer por causa das festas e das férias. Como o senhor avalia, primeiro voltando no tempo, as primeiras medidas, se elas foram realmente necessárias e se o senhor faria novamente. E como enfrentar a pandemia daqui para frente?
Essa pandemia pegou toda nossa geração de surpresa, nenhum de nós, nem cidadãos, nem líderes, independentemente das suas instâncias, tinha uma caderneta com plano de ações, nós tivemos que aprender. Eu me dediquei muito a isso, me assustou muito essa questão da pandemia e eu fui estudar, eu fiquei dedicado quase 70 dias, cheguei a ficar aqui no gabinete. Busquei mesmo o isolamento, principalmente para não me contaminar por interesses pessoais: a filha que não queria que eu fechasse o shopping, a vizinha que tem um salão de beleza, o amigo que é dono de restaurante. A recomendação é que quem está no comando se recolha e fale com quem ele precise falar. Nós criamos aqui o COE, um dos primeiros municípios a criar o COE, que é aquele grupo de pessoas técnicas, porque eu não entendo nada da área sanitária. Então eu fui me aconselhar com eles. E tomamos sim medidas bastante rígidas. Nós chegamos ao ponto de colocar pulseira nas pessoas que contraíam o vírus. Porque, no início, as pessoas não tinham a dimensão da profundidade desse perigo. Então elas estavam circulando, mesmo com sintomas. Nós precisamos jogar duro. Chegamos a fechar a cidade, proibindo a entrada com barreira sanitária, não podia entrar em Cascavel alguém de fora ou só entrava com autorização. Em março, nós lançamos um plano com três pilares. Nós entramos com lockdown e entramos com os pilares: “salvar o maior número de vidas possível”, “não deixar a saúde entrar em colapso” e em junho o pilar da “economia”.

Outra coisa que eu estudei é que o lockdown em nenhum lugar do mundo se dá nesse momento da pandemia, pelo simples fator de que não há adesão da população. No início, todos temos curiosidade, medo, parte da população tem recursos para ficar em casa. Mas aquele mesmo cidadão que aplaudiu quando nós fechamos, 15 dias depois cobrou que precisava trabalhar, precisava sair de casa, não aguentava mais, não aguento minha esposa, não aguento meu marido, eu quero ir pra rua.

Outra coisa é a questão da segunda onda. Lá na primeira onda nós estávamos falando da ocorrência de uma segunda onda, como se isso fosse compulsório. A segunda onda nada mais é do que o resultado do comportamento da população de uma cidade, de uma país. Não é que o vírus quando ele vem ele diz “daqui a pouco tem a segunda onda”. Não. É o comportamento nosso e, pior, ele acontece em todos os lugares porque existe uma tendência.

Nós chegamos no pilar da “liberdade com responsabilidade” e, claro, nós vamos e estamos fazendo coibir os excessos. Por exemplo, os restaurantes têm um decreto nosso que podem funcionar com uma capacidade e, quando é muito pequenininho, pode trabalhar com 60% da capacidade, quando é grande com 30%. As baladas, tem umas que se comportam bem, tem outras que suspendemos o alvará. Ao invés de punir o setor, nós estamos punindo aquele que não cumpre e nós estamos inclusive ganhando a ajuda dos outros parceiros daquele mesmo segmento.

Agora para janeiro a gente tem uma previsão que não é oficial, mas é uma tendência de um aumento de casos por causa das festas, não é a festa que aconteceu nas casas, isso tem uma repercussão, mas pequena, o duro foi essas viagens, praia e tudo isso.

A gente abriu mais 10 leitos de UTI e 10 leitos de enfermaria no Hospital do Coração, mas isso é muito pouco, estamos falando de uma população de 300 mil habitantes. O remédio que temos é o comportamento e nós passaremos um mês de janeiro muito difícil.

E olhando para vacina, não tem outro caminho que não seja a vacina. Nós, infelizmente diante dessa briga, dessa falta de sintonia, nós já fizemos o nosso convênio com o Butantan, temos aproximadamente 40 mil agulhas e seringas e abrimos também uma proposta de manifestação de interesse para outros laboratórios. Se até fevereiro nós não tivermos uma clareza, o município vai agir.

Na questão da vacina, o governador quer se manter fiel ao Plano Nacional de Imunização, que, como o senhor disse, não tem previsão, não tem nem qual vacina será oferecida. O governo do Estado não buscou outras parcerias, nem com Instituto Butantan ou os laboratórios com tratativas iniciais. Isso fez com que vários prefeitos, inclusive o senhor, buscassem o Instituto Butantan. Há algum desgaste com a Secretaria de Estado da Saúde, por essa posição diferente? O secretário Beto Preto chegou a falar que está havendo uma esquizofrenia em busca dessa vacina, sendo que o plano nacional contemplaria isso e que não era necessário os prefeitos fazerem essa movimentação.

Tudo o que a gente quer, o que a gente deseja, é que o Ministério da Saúde possa fazer essa cobertura nacional da vacinação. Aliás, em Cascavel, se a gente buscar o histórico, temos uma eficiência muito grande nas campanhas de vacinação; a cidade sempre atinge o maior percentual, 90% 95% da nossa meta. Então, a gente quer isso. Agora, ao mesmo tempo, temos que entender o seguinte: qual é o compromisso do governo federal com a gente? Nós estamos aqui na base, próximos das pessoas, próximo do problema. Eu sou um homem disciplinado, sou de cumprir as hierarquias, mas ao mesmo tempo eu estou conduzindo uma cidade de 320 mil habitantes que cobra todos os dias um posicionamento. Nós vamos esperar até fevereiro. Vamos esperar, vamos trabalhar. Uma campanha de vacinação deve ser executada pelo Ministério da Saúde, com certeza; agora, ela deve ser executada. Estou dizendo que em caso de uma briga política [vamos agir por conta]. Eu fico muito triste. Estou falando de colocar a vacina nessa questão como prioridade absoluta na questão sanitária, ela não pode ser colocada nessa briga política, longe disso. Então, o governo federal cumprindo, e eu espero que cumpra, ótimo. Mas eu tenho que me preparar. Compramos seringa, compramos agulhas, fizemos o convênio e tudo isso, evidentemente, pode ser descartado. Primeiro que nós não teríamos nem que arcar com esse custo, será um custo que terá um reflexo no nosso caixa, mas ao mesmo tempo não podemos deixar de buscar a vacina para ficar com outros prejuízos além de econômicos, como a saúde da população.

Todo prefeito quando assume pede os primeiros cem dias para tomar pé da situação e geralmente crítica a herança do antecessor. Qual é a herança que o prefeito Leonaldo Paranhos deixou para o novo prefeito Leonaldo Paranhos?
É verdade, sempre quando troca o prefeito a gente fica falando o que o outro não fez. Bom, eu reuni aqui os secretários e disse o seguinte, e eu levantei esse tema antes da eleição, até fui puxado a orelha pela minha coordenação de campanha, porque eu disse que a reeleição não é boa. Mas eu estudei isso no segundo semestre de 2019, eu fui dar uma olhadinha nessa questão das eleições. O grande fenômeno que acontece é que há um relaxamento, uma tranquilidade por não disputar mais. Eu não considero que isso é regra, pelo contrário, eu cheguei aqui em 2017, dia 1º, no escuro, com 23 obras paradas – já estou criticando o ex, tá vendo?! Não temos nenhuma obra parada hoje. Eu não tinha convênio, não tinha governo do estado, não tinha Itaipu, não tinha experiência; hoje, se eu fechar os olhos aqui eu fico vendo os problemas e as soluções que tem, então, não há nenhum motivo para não ter um governo eficiente, pelo contrário, nós teremos que ser melhor do que fomos, se é que fomos bons, temos que ser melhor de fato, porque a gente conhece, não tem nenhuma justificativa. Não há crítica à gestão passada, mas também não há argumentos para que não tenha um bom governo.