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Paraná fecha R$ 750 milhões em contratos com BRDE

O Paraná obteve, no ano passado, a maior participação (42,9%) nas contratações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). De janeiro a dezembro, o banco fechou 2.354 novos contratos no Estado, no valor total de R$ 750,5 milhões.

Nos três estados do Sul, foram realizadas no ano passado 4.898 novas contratações – 23,2% mais do que em 2010. Os dados constam do Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do exercício de 2011, publicado pelo banco nesta quarta-feira (28). O balanço mostra que até o fim de 2011 foram aprovados R$ 2,166 bilhões em financiamentos. O BRDE teve resultado líquido positivo pelo décimo segundo ano consecutivo, com R$ 92,1 milhões. O valor total dos novos financiamentos fechados em 2011 foi de R$ 1,75 bilhão – menor do que o registrado no ano anterior (R$ 1,83 bilhão).

Associado ao aumento no número de operações, o valor indica que houve uma pulverização dos contratos, com atendimento a maior número de empresas.

No Paraná, a maior parte das operações (1920) foi realizada por meio de convênios do BRDE com cooperativas de crédito, cooperativas agrícolas e os convênios de integração. Essas operações somaram o montante de R$ 184.311.058,00. Os demais contratos – responsáveis pelo maior volume de recursos – foram fechados por meio de operação direta.

Os financiamentos concedidos pelo BRDE no Estado induziram cerca de R$ 1 bilhão em investimentos, que propiciaram a geração de 3.187 novos postos de trabalho e arrecadação adicional de R$ 161 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

AGROINDÚSTRIA – Os números mostram uma forte presença do BRDE no setor agroindustrial. As cooperativas do ramo seguem entre os principais clientes do banco no Paraná. Foram contratados R$ 219.398.273,13 neste segmento, atendendo a 19 entidades do setor.

A análise dos contratos com produtores rurais mostra a pulverização do crédito concedido pelo BRDE. Até dezembro de 2011 foram feitas 2.048 operações com produtores rurais, o que representa 87% do total de contratos realizados pelo banco. O valor médio destas operações foi de aproximadamente R$ 119 mil.

SUL – Do montante de R$ 1,75 bilhão contratado em 2011 nos três estados do Sul, o setor industrial respondeu por R$ 574,3 milhões, representando 32,8% do total; a agropecuária foi responsável por R$ 518,8 milhões (29,6%); o setor de comércio e serviços por R$ 397,1 milhões (22,7%); e a infraestrutura participou com R$ 261,2 milhões, (14,9%).

Os micro, pequenos e médios empreendimentos rurais e urbanos foram responsáveis por 37% do valor contratado em 2011. Do total de clientes que firmaram contratos ao longo do ano, 91% são produtores rurais, sendo que 49% se enquadram nas categorias de mini e pequenos produtores.

As micro e pequenas empresas responderam por 6% dos contratos, enquanto as médias e grandes empresas ficaram com 3%. Além do apoio direto, um grande contingente de produtores rurais foi também beneficiado pelos financiamentos do BRDE por meio das cooperativas agropecuárias conveniadas ao banco.

O Sistema BNDES segue como a principal fonte de recursos dos financiamentos, com 95,7% do total, com destaque para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), para a aquisição de bens de capital, que representou 28,2% do valor das operações, num total de R$ 493,7 milhões.

O BRDE encerrou 2011 com a inadimplência em 3%, enquanto que o Sistema Financeiro Nacional fechou o ano com índice de 3,6%, conforme o Banco Central.

COBERTURA – No ano passado o BRDE fomentou empreendimentos em 1.040 municípios de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná – o que representa 87,5% dos municípios da região Sul.

Entre as 62 instituições financeiras credenciadas a operar com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em todo o País, o BRDE ocupou a segunda colocação em desembolsos dos programas agrícolas do governo federal. No Sul, entre 48 agentes, foi o quarto principal repassador de recursos para empreendimentos. Viabilizou investimentos totais de R$ 2,3 bilhões, gerando R$ 290 milhões em receita adicional de ICMS para os estados onde atua e criando ou mantendo 43.500 empregos.

O saldo médio das 36.368 operações ativas de crédito, de R$ 184,9 mil, atesta a vocação do BRDE para o atendimento às micro, pequenas e médias empresas e aos mini e pequenos produtores rurais, melhorando os indicadores econômicos e sociais da região Sul, diz o diretor-presidente do BRDE, Renato de Mello Vianna.

Atendendo ao compromisso de preservar o emprego e ampliar a geração de renda no Sul, o BRDE, em 2011, firmou 413 acordos de reestruturação de dívidas, num total de R$ 292,1 milhões, permitindo a manutenção do funcionamento de várias empresas com baixo nível de liquidez no curto prazo, mas avaliadas como viáveis no longo prazo.

Em relação ao seu nível de risco, a composição da carteira do BRDE apresenta-se mais favorável do que a média do Sistema Financeiro Nacional (SFN). As operações “AA” e “A”, que representam os menores patamares de risco, perfaziam 83% da carteira do banco, contra 65,9% no SFN. As operações de maior risco, nível “H”, eram 2% da carteira do banco, ante 3,1% do crédito total do SFN. O volume de provisionamento de créditos de liquidação duvidosa da carteira do BRDE foi de 3,6% e o do SFN de 5,1%.

O resultado líquido obtido pelo BRDE no exercício foi 3,9% superior ao do ano anterior, alcançando R$ 92,1 milhões. Este é o 12º ano consecutivo de resultados líquidos positivos, o que permitiu que o ativo total superasse barreira histórica, com R$ 8,338 bilhões.

Fonte: Gazeta do Povo