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Paraná é o 3º estado que mais reduziu o número de mortes violentas entre 2016 e 2017

O Paraná reduziu o índice de mortes violentas entre 2016 e 2017, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no começo de agosto. O estado registrou 2.940 mortes violentas no primeiro ano do registro contra 2.555 no segundo, balanço de -13,7%. Apenas Distrito Federal (-17,7%) e Rondônia (-14,2%) tiveram variações melhores. As informações são de Eriksson Denk na Gazeta do Povo.

Os dados de mortes violentas englobam homicídio doloso (intencional), latrocínio (roubo seguido de morte), lesão corporal seguida de morte, policiais civis e militares mortos em situação de conflito e mortes decorrentes de intervenção direta da polícia. O Anuário leva em conta apenas números das secretarias de segurança pública dos estados.

Os piores índices nacionais foram registrados no Ceará (+48,6%), Acre (+41,8%), Pernambuco (+20,3%), Rio Grande do Norte (+19,4%) e Espírito Santo (+13,5%). O país registrou 63.880 mortes violentas em 2017, diferença de +2,9% em relação a 2016, ano de 61.597 óbitos. Os maiores números absolutos foram registrados na Bahia (6.915), Rio de Janeiro (6.749) e Pernambuco (5.426). Ao todo, 12 estados puxaram o índice para o vermelho.

O Paraná mostrou evolução em praticamente todos os índices ligados a mortes violentas, mas teve picos de aumento em casos sem esclarecimento (nos casos em que o policial não possui elementos suficientes para identificar a natureza criminal do evento) e na proporção de mortes decorrentes de intervenções policiais em relação a mortes violentas intencionais.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp), cerca de 250 dos 399 municípios do Paraná não registraram homicídio doloso durante o primeiro trimestre deste ano. Essas cidades correspondem a 64% de todo o estado. O número de homicídios em todo o Paraná caiu 33% entre 2010 a 2017.

Para o sociólogo Cezar Bueno de Lima, professor da PUCPR e pesquisador de Direitos Humanos, apesar dos bons resultados, os índices continuam alarmantes. “Ainda há um contraste abissal entre os números de países com democracias consolidadas em relação aos que estão em desenvolvimento. Mas é inaceitável. São muitas mortes. Mostra o quanto a gente precisa se preparar, incutir uma política de polícia preventiva”, afirmou.

“Reduções [nos índices de violência] na casa de 10% a 13% não têm reflexos significativos na segurança pública. Uma redução substancial é de 25%”, afirma o professor Flávio Bortolozzi Júnior, professor de Sociologia do Direito e Criminologia da Universidade Positivo.

O país assistiu às mortes de 55.900 pessoas vítimas de homicídio doloso no ano passado, variação de +2,1% em relação a 2016 (54.338 vítimas). Apesar do crescimento nacional, o Paraná detém variação de -13,1%, com 2.187 casos em 2017, atrás apenas de Tocantins (-19,1%), Distrito Federal (-18,1%), Sergipe (-15%) e Goiás (-13,6%). A variação no número de vítimas aumentou +2,1% em nível nacional.

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