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Os milhões da bancada da bola

A chamada bancada da bola não vai poupar dinheiro para garantir uma cadeira na Câmara de Vereadores de Curitiba a partir de 2013. Composta por dirigentes, ex-jogadores e torcedores organizados, o grupo de oito pessoas pretende gastar perto de R$ 5,4 milhões (teto máximo) na campanha.

Os números, segundo conta Carlos Eduardo Vicelli na coluna Intervalo da Gazeta do Povo, constam nas declarações enviadas pelos candidatos ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

Integram a ala dos que querem conciliar o futebol com o parlamento: Genivaldo Santos (PSD), ex-presidente do Bairro Alto (clube amador de Curitiba); Paulo Rink (PPS), ex-atacante do Atlético; Ricardo Pinto (PSC), ex-goleiro do Atlético; Luiz Fernando Corrêa (PP), ex-presidente da Império (organizada coxa); e Hélio Cury (PDT), presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF). Todos buscando o primeiro mandato.

… E a reeleição

Compõem ainda o grupo Luizão Stellfeld (PSL), também ex-presidente da Império; Aladim (PV), ex-jogador do Coritiba, Atlético e Colorado; e Julião Sobota (PSC), ex-presidente da facção atleticana Os Fanáticos. Luizão já foi vereador, mas não conseguiu a reeleição em 2008. Aladim e Sobota atualmente são parlamentares.

O único milionário

Entre os boleiros, quem mais vai gastar para pedir votos é Hélio Cury. O mandatário da FPF, apresentado também como empresário na ficha do TRE (é dono de uma loja de troféus no Centro de Curitiba), estima investir até R$ 1,5 milhão na campanha, respondendo sozinho por 27,7% do montante.

O orçamento de Cury é superior a três das oito campanhas para a prefeitura de Curitiba. Avanilson Araújo (PSTU) estima gastar R$ 100 mil; Bruno Meirinho (Psol), R$ 250 mil; e Alzimara Bacellar (PPL), R$ 500 mil.

Considerando o novo salário dos vereadores a partir de 2013 (R$ 13,5 mil em 13 meses), Hélio Cury irá receber ao final do mandato cerca de R$ 700 mil. Ou seja, menos da metade do R$ 1,5 milhão que pretende gastar.