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OS ALTOS E BAIXOS DA REPÚBLICA

Por Rhodrigo Deda e Fernando Martins, na Gazeta do Povo:

Cento e vinte anos após a proclamação, a sociedade brasileira ainda precisa trabalhar muito para tornar o país uma República plena. É o que indica levantamento feito pela Gazeta do Povo, com 28 especialistas das áreas de Ciências Sociais, Jornalismo e Direito, que responderam a um questionário com 31 temas considerados republicanos. Numa escala de zero a dez – em que dez indica uma República em sua plenitude e zero, a ausência total de Estado – o Brasil ficou com média 5,3. Na percepção dos especialistas consultados, o país vai bem quando se trata de participação política e eleições. Já quando se trata de cultura republicana, do uso dos recursos públicos para o bem comum, o Brasil vai muito mal.

A partir das respostas dadas por cientistas sociais, jornalistas e operadores do Direito foi composto um índice, que foi subdividido em quatro subtópicos: participação política, organização do Estado, cultura republicana e direitos fundamentais . Para cada um dos temas analisados, os especialistas foram convidados a responder a pergunta: “A República brasileira, como um todo, atende (e em qual grau) os seguintes princípios do republicanismo?”.

Embora a história da República brasileira seja descontínua, entrecortada com períodos ditatoriais, o país foi mais bem avaliado no subíndice “Participação política/Escolha de agentes públicos”. Obteve média 6,4. Esse tópico trouxe temas que estão relacionados com as ideias de eleições populares e livres, alternância de poder e participação direta nas decisões. Os especialistas consideram que o Brasil atende de forma satisfatória temas como eleições periódicas (8,9), tempo de mandato (8,1), voto secreto (8,3) e universalizado (8,4). (Leia mais)