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Operação mira organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro

 

Uma operação da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal, deflagrada na manhã desta quarta-feira (15), mira um organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro que tem Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, como “sede”. Informações do G1.

Há quatro mandados de prisão preventiva – que é por tempo indeterminado –, cinco ordens de instalação de tornozeleira eletrônica e 18 mandados de busca e apreensão. Todos são cumpridos em Foz do Iguaçu.

Outros crimes também são investigados e atribuídos à organização, como evasão de divisas, gestão fraudulenta e contabilidade paralela.

‘Freeway’
A operação foi batizada de “Freeway” pelo fato de a organização criminosa usar constantemente de um sistema informatizado que leva esse nome. De acordo com a PF, o sistema fazia o controle das operações ilegais de câmbio e de evasão de divisas.

A “Freeway” é um desdobramento da Operação Confraria Cataratas, realizada em 2017. A partir dessa etapa anterior, foi apurado que três casas de câmbio de Foz do Iguaçu compravam e vendiam moedas estrangeiras em desacordo com as diretrizes do Banco Central, conforme a PF.

O material apreendido na Confraria Cataratas foi analisado e, segundo a PF, apontou que os responsáveis por uma das três casas de câmbios investigadas operavam irregularmente no mercado de câmbio e faziam parte de organização criminosa que praticava delitos contra o sistema financeiro.

De acordo com a PF, entre 2011 e 2017, o grupo criminoso cambiou ilegalmente centenas de milhões de dólares. A maior parte dessa quantia, conforme a PF, foi evadida para o Paraguai, principalmente para empresas que vendem produtos eletrônicos.

Outra parte do montante foi remetida para empresas de turismo sediadas em Foz do Iguaçu e controladas pela organização, segundo a PF.

‘Banco de compensações’
A PF informou que a investigação também revelou que organização criminosa operava como um “banco de compensações”.

O grupo casava o interesse de contrabandistas brasileiros que queriam enviar dinheiro ao Paraguai com a intenção de empresários estabelecidos no país vizinho e que desejavam remeter valores para o Brasil.

De acordo com a PF, foi determinado o sequestro de bens imóveis e de valores que pertencem aos investigados. A estimativa da PF é de que o patrimônio sequestrado seja superior a R$ 40 milhões.

link da matéria
https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2019/05/15/operacao-mira-organizacao-criminosa-especializada-em-lavagem-de-dinheiro-que-tem-foz-do-iguacu-como-sede.ghtml