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Obra da Copa paralisada e mal sinalizada gera risco ao trânsito em Curitiba

por Ivan Santos, no Política em Debate

Obra viária paralisada e mal sinalizada. Um aspecto colateral – mas igualmente preocupante – do ritmo lento dos empreendimentos da Copa em Curitiba é o risco de acidentes. É o que ocorre na Extensão da Linha Verde Sul, de responsabilidade do município de Curitiba. Determinados trechos da BR 476 – antiga BR 116 –, na altura do Bairro Pinheirinho, na Capital, apresentam desníveis entre a pista de rolamento e os canteiros centrais. Há, também, serviços inacabados, o que pode ocasionar acidentes graves.

Estas constatações integram o Relatório nº 5 da Copa, divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) na última terça-feira (23). Problema adicional é que não há qualquer sinalização alertando os condutores. “Esta situação pode provocar graves acidentes, caso não haja uma ação preventiva da Prefeitura”, alerta Luiz Henrique de Barbosa Jorge, coordenador da Comissão de Auditoria do TCE nomeada especialmente para fiscalizar as obras da Copa.

A causa de tal situação é que a EMPO, empreiteira responsável pela obra, pediu rescisão do contrato em novembro do ano passado. O motivo foi o atraso nos pagamentos por parte da Prefeitura de Curitiba. Das seis medições realizadas, no valor de R$ 520,2 mil, quatro foram pagas, totalizando R$ 459,2 mil (88,3% do total). Restam a receber outros R$ 61 mil.

As obras da Extensão da Linha Verde Sul foram subdivididas em dois lotes. O primeiro compreende intervenções na Rua Cid Marcondes de Albuquerque até o Contorno Sul; o segundo, Obras de Arte Especial: a construção da trincheira da Linha Verde Sul, entre as Ruas Nicola Pelanda e Antônio Cláudio, e a ampliação da trincheira da Avenida Winston Churchill com a linha Verde Sul. Destes lotes somente o primeiro foi contratado; o segundo foi excluído do contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal.

O TCE dará ciência, dos fatos constatados e registrados no Relatório nº 5, à Prefeitura de Curitiba, ao Governo do Estado, ao TCU, aos Ministérios do Esporte e das Cidades, à Caixa Econômica Federal e à Controladoria Geral da União, para que adotem as devidas providências.