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O trânsito no Parque Nacional do Iguaçu

Do site Megafone

A Justiça Federal determina que carros particulares de empresas de turismo não mais podem circular dentro da área. Isso é bastante complicado uma vez que temos todo o trabalho de administração do Parque e mais do que isso, a instalação de um grande hotel, o que vai dificultar sobremaneira o transito de hóspedes e funcionários.

Atualmente ele está modernizado para atender aos visitantes, grande parte deles turistas estrangeiros que ficam encantados com toda a exuberância de flora e fauna, além , é claro das maravilhas das Cataratas do Iguaçu.Para que tudo isso possa existir, lembrando que a área de abrangência do Parque atinge 9 municípios do Oeste paranaense, extrapolando as nossas fronteiras em direção à Argentina onde também é, felizmente, uma área de preservação ambiental.

Financeiramente o Parque é auto sustentável e, mais do que isso, contribui para o sustento de outras unidades de preservação no Brasil.

Hoje a maioria dos visitantes é transportada em transporte coletivo, muito bem servido, diga-se de passagem, recebendo todas as informações necessárias referentes a todos os pontos onde é permitida a visitação. Isso também favorece à preservação ambiental reduzindo a poluição atmosférica e, utilizando baixa velocidade, evitando atropelamentos e matança de animais silvestres.

A Justiça Federal determina que carros particulares de empresas de turismo não mais podem circular dentro da área. Isso é bastante complicado uma vez que temos todo o trabalho de administração do Parque e mais do que isso, a instalação de um grande hotel, o que vai dificultar sobremaneira o transito de hóspedes e funcionários.

É perfeitamente viável ampliar o rigor de limites de velocidade, impondo maiores controles pois existe a real possibilidade de que isso seja efetivamente cumprido.

Mas podemos também pensar em que, sendo auto sustentável, a administração do Parque Nacional possa oferecer cursos de várias modalidades para formação de agentes ambientais em convenio com universidades e, de forma muito especial, constituir um grande laboratório ambiental, dadas as riquezas que existem no Parque. Isso sim seria uma forma de utilizar a preservação ambiental em prol da ampliação do conhecimento.

Seria essa uma forma mais branda, muito mais eficaz de trabalhar a questão ambiental do que simplesmente baixar uma normativa proibindo a circulação.

*José Afonso de Oliveira é sociólogo, professor universitário em Foz do Iguaçu e colaborador do MEGAFONE.