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O SENADO FEDERAL, SEGUNDO PEDRO SIMON

Por Fábio Góis, no Congresso em Foco:

José Cruz/ABrO senador Pedro Simon (PMDB-RS) é uma voz dissonante em meio aos desmandos administrativos do Senado. Foi o único parlamentar que, diante de servidores de braços cruzados em plenário, foi à tribuna para fazer críticas veementes ao plano de cargos e salários que seria avalizado, em votação simbólica, instantes após seu protesto. De um lado, o parlamentar gaúcho empunhava como arma uma espécie de libelo de repúdio; de outro, nomes como Heráclito Fortes (DEM-PI, primeiro-secretário do Senado) e Marconi Perillo (PSDB-GO, 1º vice-presidente) consentiam e reforçavam a pressão corporativa em favor do plano de carreira, encabeçada pelo Sindilegis, o sindicato dos servidores do Legislativo.

Na ocasião, Simon abdicou do “longo pronunciamento” que tinha em mãos (“prefiro conversar”) e disse que ali estava em condição especial: “O mais antigo deve ser o mais responsável”. Em seu discurso, não poupou críticas à forma pouco transparente com que foi discutido o texto aprovado por alguns senadores, em 23 de junho: o material foi levado ao plenário rápida e reservadamente – no âmbito da Mesa Diretora, que centraliza as decisões da Casa, apenas a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) se opôs às variadas versões do texto.

“Essas coisas foram feitas, e nunca ninguém participou. Nem a Mesa, senhor presidente, nem o Plenário. (…) As coisas mais estranhas que se possam imaginar foram votadas aqui sem sabermos. E muita coisa sem a Mesa saber, colhendo assinaturas depois, pois nem reunião houve! Essa é a maneira de esta Casa funcionar. Culpa nossa!”, bradou Simon, em mea culpa atentamente acompanhado por servidores graduados. (Leia mais)

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