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O FILHO DO ZÉ

É moço bonito o Zeca Dirceu, alto e de cabelo anelado. Quando ri, lembra de longe o pai famoso e no pensar político, se houve alguma herança, está longe, muito longe do radicalismo à esquerda da juventude de Zé Dirceu e bem mais perto da conciliação ampla, geral e irrestrita. Prova cabal de que novos tempos, na prática política, são mais convincentes do que passado familiar. Pois este moço bonito e bem articulado, 31 anos, eleito e reeleito prefeito de Cruzeiro do Oeste, bateu no portão aqui de casa no final da tarde amena de sexta-feira, junto com um assessor, comeu dois pedaços de bolo de fubá ainda quente e bebeu café preto com açúcar. Veio para falar sobre a candidatura a deputado federal, obviamente pelo PT, que aconteceu no sábado em Umuarama, e saiu já era noite, deixando a impressão que pretende ocupar cada vez mais espaço no PT no Paraná.

Filho de uma aventura digna de cinema (um pai ex-guerrilheiro, clandestino, que veio parar em Cruzeiro do Oeste, onde se casou, fez um filho e ganhou dinheiro com uma confecção de calças masculinas), Zeca Dirceu revela um respeito reverencial a Zé Dirceu, a quem atribui o interesse pela política, e agradece os incentivos para se candidatar que recebeu, as verbas federais para a cidade onde se elegeu duas vezes e à própria celebridade gerada pelo parentesco no Paraná e no Brasil. “Lá em Cruzeiro e na região todo mundo conhecia minha história há muito tempo e só depois isso virou notícia. E nunca ninguém reclamou das verbas para a cidade”, diz ele.

Trecho de artigo da articulista Ruth Bolognese. Leia AQUI sua íntegra