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No Paraná, cai a desigualdade salarial entre homens e mulheres

No Paraná, cai a desigualdade salarial entre homens e mulheres
Camylla Aparecida Michalszwk, funcionária do laboratório da Tecpar. Curitiba, 30-06-15. Foto: Arnaldo Alves / ANPr.

A desigualdade de salários entre homens e mulheres persiste, mas vem diminuindo nos últimos anos no Paraná, mostram dados divulgados pelo IBGE e compilados pelo Ipardes. Em 2016, o salário médio dos homens foi de R$ 2.441 contra R$ 2.206 das mulheres – diferença de R$ 235. Naquele ano (dado mais recente disponível), as mulheres ganhavam 26,5% menos do que os homens. Em 2012, essa diferença era de 32,1%.

Entre 2012 e 2014, o salário das mulheres aumentou (sem considerar a inflação no período) 47% no Paraná. Já o dos homens ficou praticamente estável. Em média, as mulheres brasileiras com 25 anos ou mais têm 8,2 anos de estudo, contra 7,8 anos dos homens, de acordo com dados do IBGE.

No período, o Paraná melhorou duas posições entre os Estados com menor desigualdade salarial – passou de quarto para sexto lugar. Hoje, tem a menor disparidade de salários entre os sexos do Sul. No Rio Grande do Sul, as mulheres ganhavam, em média, 27,4% menos, e em Santa Catarina, a diferença era de 26,5% em 2016.

Um estudo do Fórum Econômico Mundial, divulgado no ano passado, colocou o Brasil na 129a posição entre os países com maior diferença salarial entre os gêneros. O relatório pesquisou condições de 144 países e aponta um cenário mais pessimista. De acordo com o documento, o País demoraria 100 anos para equiparar condições econômicas entre homens e mulheres.

Os Estados mais ricos são os que concentram a desigualdade salarial no Brasil, de acordo com o IBGE. São Paulo tem a maior diferença, onde as mulheres ganham, em média, 32,8% menos que os homens.

Em compensação, no Amapá, o salário se equipara entre os gêneros, com uma ligeira vantagem para as mulheres, com renda 0,2% maior para os homens. Em Alagoas, os salários do sexo feminino são em média apenas 7,4% menores do que o sexo masculino.

Essa disparidade menor, no entanto, é gerada principalmente pelos baixos salários. Com maior incidência de pessoas que ganham o salário mínimo – tanto de homens quanto de mulheres – a diferença diminui.

De acordo com a pesquisa, em Alagoas, por exemplo, os homens ganhavam, em média, R$ 1.355, contra R$ 1.255 das mulheres. Em São Paulo, por outro lado, os salários são maiores de ambos os sexos: R$ 3.190 para homens e R$ 2.144 para mulheres.