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Ney Leprevost pede a prisão de Padilha

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O deputado Ney Leprevost (PSD) vai protocolar nesta terça feira (15) no Ministério Público e na Procuradoria Geral do Estado um pedido de indiciamento do ex ministro da saúde Alexandre Padilha, por por prática de homicídio culposo, devido a morte de 61 pessoas no Paraná contaminadas com o vírus da gripe A.

Antes de ocorrer a primeira morte de 2013, Leprevost alertou ao ministro através de documentos e pronunciamentos que os critérios de vacinação no Paraná deveriam levar em conta as condições climáticas, não ficando a aplicação das vacinas restrita aos chamados grupos de risco estabelecidos pelo governo federal ( presos, índios, gestantes , idosos e pequena parcela das crianças). O crime de homicídio culposo se caracteriza por imprudência, imperícia ou negligência.

“Não há dúvida que o ministro Padilha foi imprudente e negligente em relação a contaminação por vírus AH1N1 no Paraná. Queremos que as autoridades que constitucionalmente tem o dever de representar o povo e o estado diante do sistema judiciário analisem se cabe o indiciamento e até ações de indenização para as famílias das vítimas. Não dá mais para aguentar tanto descaso em relação a saúde pública”, afirma o deputado.

Leprevost tem feito semanalmente defesas na tribuna da Assembleia Legislativa da vacinação gratuita para todas crianças do Paraná em idade escolar e para seus respectivos professores, em uma primeira etapa, e para todos que desejarem, na segunda etapa. “Não é necessário ser um epidemiologista para saber que o critério de vacinação contra doenças respiratórias no Sul gelado do país não pode ser o mesmo que é utilizado em outros estados”, afirma.

O deputado disse que vai anexar como provas contra Padilha os ofícios e as notas taquigráficas de seus alertas e disse que gostaria muito de ser chamado para depor, pois embora sequer conheça Padilha sabe que ele está envolvido em muitos desmandos na área da saúde.

“Espero que esta atitude extrema que estou tomando possa de alguma forma ser pedagógica para que o atual ministro Arthur Chioro, a quem já alertei por escrito, não cometa o mesmo erro que nos tirou 61 vidas preciosas e para que todos que recebem a missão de administrar a saúde pública ajam com mais seriedade e cautela”, disse Leprevost.