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Não é só pelos R$ 200 mil

dinheiro publico

do Caixa Zero, na Gazeta do Povo

Esqueça a hipótese de ter havido chuncho na escolha da construtora. Esqueça que o Gaeco diz ter pego um diretor do Tribunal de Contas do Paraná com R$ 200 mil entregues pela vencedora da licitação. Esqueça que a vencedora só se tornou vencedora da licitação depois de outras empresas que tinham apresentado preço mais baixo terem sido desclassificadas porque suas propostas supostamente eram “inexequíveis”. Pense só no seguinte: afinal, o Tribunal de Contas precisa gastar R$ 36 milhões para construir um novo anexo?

O TC já ocupa dois prédios inteiros do Centro Cívico. Juntos, têm cerca de 10 mil metros quadrados. O prédio novo teria 12 mil. O edital que levou à escolha da Sial aponta quatro motivos para a necessidade de mais espaço:

1 – Melhorar as condições de quem já trabalha lá.
2 – Permitir a contratação de mais gente.
3 – Aumentar o número de vagas de estacionamento.
4 – Construir um auditório “novo, amplo e moderno”.

Nada contra melhorar as condições de trabalho dos outros, é claro. Mas construir um prédio de R$ 36 milhões pensando em contratação de ainda mais gente para o TC parece uma ideia polêmica. Hoje, somados funcionários efetivos, comissionados e estagiários há quase mil pessoas na folha de pagamento da instituição. Só diretores são 24. Vale a pena repetir: trata-se de uma instituição com 24 diretorias, entre elas as singulares Diretoria de Biblioteca, Diretoria de Protocolo e a Diretoria de Informações Estratégicas.

Talvez seja o caso de pensar que o problema não é a falta de espaço para colocar mais gente, mas o excesso de gente para produzir aquilo que se espera do TC. Até porque, como se sabe, o tribunal tem falhado em cumprir uma de suas funções básicas: monitorar as contas do governo do estado. No governo Requião, Artagão de Mattos Leão disse que as contas não fechavam mas que não seriam reprovadas porque é preciso julgar com o coração. No governo Richa, as contas continuam não fechando, mas Nestor Baptista diz que o governador não é ladrão, e portanto o melhor é aprovar tudo. Ou seja: são mil funcionários, 24 diretores e muito pouco resultado.

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